sábado, 31 de agosto de 2013

10 grandes pilotos da Fórmula 1 e suas histórias... Piloto 10 Niki Lauda

   Um dos pilotos mais carismáticos de seu tempo. Niki Lauda foi nome de destaque na Fórmula 1 entre as décadas de 70 e 80. Conhecido pela experiência e forma de administrar as corridas ele conquistou 3 campeonatos na Fórmula 1 e viveu grandes altos e baixos na categoria.
Lauda estreou na Fórmula 1 de forma fraca em 1971 pela March
Início: Niki Lauda começou de forma muito fraca na Fórmula 1, correndo apenas 1 corrida pela March em 1971 a qual abandonou. Mesmo assim chamou a atenção por bons tempos em testes e treinos livres o que lhe garantiu a vaga de piloto titular na temporada seguinte, ainda assim não participou de todas as corridas e terminou a temporada sem nem ao menos pontuar. Na temporada seguinte ele foi para a falida BRM e finalmente chegou a pontuar, contudo foi muito fraco perto do que se esperava e para muitos seria seu último ano na Fórmula 1.
Lauda impressionou ao conquistar 2 títulos pela equipe Ferrari
Auge: Em 1974, ninguém acreditaria, mas Niki Lauda conseguiu uma vaga de piloto titular na Ferrari, apesar das más corridas e dos diversos abandonos nas equipes pequenas no anos anteriores, seus bons tempos nos testes e treinos livres e seu carisma fora dos carros lhe deram uma chance na equipe de ponta. Logo em sua temporada de estreia na escuderia italiana ele conseguiu 9 pole-positions, venceu 2 corridas e apesar de abandonar mais da metade das corridas na temporada ele conseguiu terminar o ano em 4º lugar no campeonato de pilotos o que para muitos foi a zebra do ano. 
Lauda sofreu um forte acidente em 1976
   Em 1975 Lauda resolveu os problemas de abandono. Terminou 14 das 15 corridas da temporada, marcou mais do dobro de pontos de seu companheiro de equipe Clay Regazzoni e superou o bi-campeão da época Émerson Fittipaldi da McLaren celebrando o título de pilotos com 9 pole-positions, 5 vitórias e 8 pódios. Virou referência na categoria como maior evolução já vista de um piloto desacreditado nos anos anteriores. 
    Em 1976 Émerson montava sua própria equipe na Fórmula 1, que de cara se mostrou fraca. A Tyrrell prometia vir forte, mas decepcionou e Lauda era o favorito para o bi-campeonato. Contudo o jovem James Hunt da McLaren e um forte acidente no GP da Alemanha tiraram o sono do piloto austríaco. Lauda vinha disparado na liderança do campeonato com 61 pontos contra 26 de Hunt na temporada, quando bateu forte, seu carro pegou foto e o piloto ficou com várias queimaduras no corpo, além de perder um pedaço da orelha direita. Ainda assim deu a volta por cima e voltou a correr dali pouco mais de um mês. Agora assustado após a batida ele foi mal nas últimas corridas, enquanto a McLaren investia tudo em Hunt. Na última corrida no Japão, Lauda abandonou ao ver a forte chuva e Hunt terminou em 3º se tornando campeão com 1 ponto de vantagem sobre Lauda. 
Lauda estreou na Brabham em 1978 como bi-campeão mundial
   Contudo Lauda deu a volta por cima em 1977, em seu último ano pela Ferrari o piloto venceu três corridas, administrou a última parte da temporada e se consagrou bi-campeão mundial. Em 1978 ele foi para a Brabham que tinha promessa de crescer. O piloto já chegou prometendo o título, contudo voltou a abandonar várias corridas e não pôde contra os evoluídos carros da Lotus que consagrou Mario Andretti campeão mundial, ainda assim Lauda venceu 2 corridas e terminou o campeonato em 4º lugar.
Em 82 Lauda retornava à Fórmula 1 e era superado por seu companheiro de equipe
Decadência: A Brabham tentou o pulo do gato para a temporada de 1979 e se perdeu feio. Lauda terminou apenas duas corridas, marcou 4 pontos e se viu longe da disputa pelo título. Desanimado o piloto decidiu encerrar a carreira alegando que a categoria devia rever a segurança dos carros agora que começava a era turbo e os carros aumentavam drasticamente a velocidade e o risco nas pistas.
    Em 1982, porém acontece o inesperado. Niki Lauda retorna à categoria, guiando pela McLaren. O piloto já apontava como a aposta da equipe inglesa. Contudo Ferrari e Renault utilizando motores turbo, a Williams mantendo a boa fase dos anos anteriores e o tempo que o piloto austríaco ficou parado não deram chance pra Lauda brigar pelo título. O austríaco terminou o ano em 5º lugar atrás inclusive de seu companheiro de equipe. Com a decadência da Ford, a McLaren apostava nos motores TAG Porsche que se mostraram lentos comparados aos turbo das equipes adversárias. Lauda teve que se acostumar a largar no fundo do grid. Não venceu e terminou o ano de novo atrás de seu companheiro de equipe.
Após o incrível título de 1984, Lauda encerrou a carreira em 1985 pela McLaren
A despedida: 1984 começava com a promessa de título ou de Nelson Piquet ou de Alain Prost que vinham arrasando nas temporadas anteriores. Para o ciclo da Fórmula 1 os dois estavam no auge da forma física e eram disparados os melhores pilotos, enquanto Lauda era apenas um veterano prestes a aposentar que não era mais nem sombra dos tempos da Ferrari. Eis que o austríaco resolveu fazer uma temporada de mestre.
   Mesmo perdendo para Piquet e Prost em quase todos os treinos classificatórios, o piloto dava verdadeiras aulas nas corridas. Acelerando quando era necessário, ultrapassando quando precisava e administrando quando estava na frente. Ele fechou a temporada com chave de ouro superando Alain Prost na 2ª metade da temporada e levando o tri-campeonato com meio ponto de vantagem sobre o piloto francês. 
    Já tri-campeão e cansado da categoria. Lauda encerrou a carreira sem se preocupar com o título em 1985. Terminou apenas 3 corridas, conquistou 1 pódio, justamente em sua última vitória na Fórmula 1 e resolveu ir cuidar de sua empresa de aviação. Ainda assim é cotado por muitos como um dos 10 melhores pilotos de Fórmula 1 de todos os tempos.


Nenhum comentário: