Todas as temporadas da década de 1990

  Introdução: Nesta página iremos tratar de todas as temporadas de Fórmula 1 da década de 1990. Muitos dizem ser a década mais popular da categoria, quando a mídia e os patrocinadores dominavam o ciclo de tal modo que as competições já não ocorriam só mais nas pistas. A década de 1990 começou de forma bonita, como nunca vista em outra década, ainda possuía o maior quarteto de pilotos da categoria: Ayrton Senna, Nigel Mansell, Alain Prost e Nelson Piquet, mais tarde teve duas grandes sensações o carro da Williams e Michael Schumacher. Teve também fatos trágicos como a perda de Ayrton Senna e perca de grande público da categoria depois de sua morte. Mas sem dúvida foi uma década que ainda está na memória de muitos e sempre será referência na categoria.
Caçado e criticado em 1989, Senna deu a volta por cima em 1990
  1990 - O troco de Senna em Prost: A temporada de 1990 foi uma temporada "a parte" na categoria. Alain Prost e Ayrton Senna já não estavam na mesma equipe e tinham todo o prestígio de seus time em uma das mais eletrizantes disputas de 2 pilotos em duas equipes diferentes na categoria. Talvez uma temporada sem uma equipe dominante. A McLaren já não tinha o domínio dos dois anos anteriores, mas ainda tinha os potentes motores Honda e Ayrton Senna mais determinado do que nunca. A Ferrari tinha a melhor dupla de pilotos e o polêmico câmbio semi-automático, a Benetton tinha a estreia de Nelson Piquet e a Williams mesmo sem ter pilotos campeões tinha o que muitos chamaram de ser o melhor carro do ano, foi uma temporada eletrizante e que terminou de forma polêmica, com o famoso troco de Ayrton Senna em Alain Prost.
Único adversário páreo para Senna, Alesi foi a zebra da primeira corrida do ano
1.GP dos Estados Unidos: Muitas promessas para a primeira corrida da temporada e talvez uma das maiores zebras do ano. Nos circuitos de rua de 1990 não havia equipe dominante e os vencedores tinham que "ganhar no braço". Mas poucos conseguiram acreditar que o líder da corrida nas primeiras voltas seria um piloto ainda estreante. 
   Depois de passar de algumas corridas em 1989, o francês Jean Alesi faria sua primeira temporada como piloto titular, correndo pela Tyrrell, que já não era nem sombra da boa equipe dos anos 60 e 70, mas ainda assim deixou muitos de queixo caído ao ser o único adversário de Senna na corrida. O piloto francês largou em 4º, assumiu a liderança logo na corrida e travou uma disputa acirrada com Senna pela liderança, correndo como piloto vencedor. No fim Senna levou a melhor e venceu a corrida. Alesi terminou em 2° e Thierry Boutsen da Williams completou o pódio. Estreando na Benetton, Piquet terminou em 4°, enquanto Gerhard Berger, Riccardo Patrese e a poderosa dupla da Ferrari foram considerados as grandes decepções da corrida, ficando todos fora da zona de pontuação.
Com boa estratégia de corrida, Alain Prost venceu o GP do Brasil 
2.GP do Brasil: Nas pistas onduladas nada podia com os carros da Williams. As Ferraris não tiveram chance nos treinos, mas as McLarens graças a Ayrton Senna conseguiu ficar na primeira fila do grid. O GP do Brasil voltava a ser disputado em Interlagos, agora mais curto e do jeito que Senna queria. 
   Mesmo sem ter o melhor carro, o piloto brasileiro vez um início de corrida disparando na liderança, enquanto Berger segurava a dupla de pilotos da equipe inglesa. Thierry Boutsen e Riccardo Patrese acabaram tendo problemas e Senna parecia finalmente vir para a sua primeira vitória no Brasil. Até que Alain Prost começou a impressionar depois de ultrapassar Berger na troca de pneus. 
   O piloto francês começou a se aproximar de Senna e era o mais rápido na segunda metade da corrida, para desespero da torcida brasileira o inesperado aconteceu. Senna acabou sendo fechado pelo retardatário Satoru Nakajima, ficou sem a asa dianteira e teve que trocar o bico do carro, perdendo a liderança para Prost. O francês venceu a corrida e chegou até a chorar no pódio, pois não esperava a vitória. Berger terminou em 2° e Senna ainda conseguiu vencer o duelo com Nigel Mansell e completar o pódio.
3.GP de San Marino: O GP de San Marino deixou claro o quanto a temporada de 1990 seria disputada. Nas duas primeiras corridas do ano os dois melhores pilotos da época venceram e em Imola nenhum deles era favorito. Novamente o carro da Williams era o mais forte, mas Senna conseguiu de novo melhorar a aerodinâmica da McLaren que posicionou os seus dois pilotos na primeira fila. A corrida, porém não seria fácil, Senna teve problemas logo na 3ª volta, Thierry Boutsen abandonou na volta 17 e Nigel Mansell na volta 35. 
Correndo em casa, Patrese venceu o GP de San Marino confirmando o grande equilíbrio da temporada de 1990
   A corrida ficou entre Berger, Patrese e Prost. O atual tri-campeão era o favorito, mas da mesma forma que a Ferrari deu a vitória ao piloto na boa estratégia do GP do Brasil a equipe lhe tirou o que seria a liderança do campeonato dando à ele a pior estratégia da corrida. O piloto nem ao menos subiu ao pódio. 
   Berger tinha tudo para finalmente conseguir sua 1ª vitória na McLaren, mas nas voltas finais acabou perdendo para Riccardo Patrese, o piloto da casa se aproveitou do fato dos carros da Williams terem uma suspensão melhor adaptada para circuitos ondulados, tirou a vitória de Berger nas últimas voltas e venceu a corrida. Era o terceiro vencedor da temporada em 3 corridas, ambas vencidas por equipes diferentes.
4.GP de Mônaco: Enquanto as Williams tinham o melhor carro para circuitos ondulados a McLaren com os ótimos acertos de Ayrton Senna era imbatível em circuitos de rua. Isso ficou claro no GP de Mônaco. A corrida teve duas largadas, e em ambas Senna disparou na liderança. O piloto brasileiro conseguiu sua 3ª vitória em Monte Carlo, tendo novamente como maior adversário o destaque do ano Jean Alesi.
5.GP do Canadá: O GP do Canadá permitiu novamente o domínio da McLaren na primeira fila do grid. A pista molhada impediu que qualquer piloto disputasse a vitória com Senna. O piloto brasileiro liderou de ponta a ponta e já disparava no campeonato. Enquanto que por um lado a McLaren sorria com a boa fase de Senna, do outro se decepcionava. 
   Gerhard Berger destaque de Benetton e Ferrari nos anos anteriores e cotado para substituir Alain Prost na equipe britânica era a grande decepção da escuderia, por erros bobos e piloto austríaco ficou fora do pódio no Canadá. Nelson Piquet terminou em 2º, completando a dobradinha brasileira e o seu primeiro pódio com o carro da Benetton, Nigel Mansell completou o pódio. 
Uma das corridas mais emocionantes da temporada, o GP do México não teve favoritos
6.GP do México: Para tentar se redimir com a equipe McLaren, Gerhard Berger fez a pole position para o GP do México, o que não adiantou muito. O pole perdeu a liderança para Patrese e Senna na largada, caindo para a 3ª posição. A Williams de Patrese tinha novamente o melhor carro da pista, mas Senna conseguiu no braço fazer uma das ultrapassagens mais sofridas da temporada. 
   Patrese ainda teve problemas de pneus e Senna era cogitado para vencer a terceira corrida seguida. Mas assim como no Brasil o piloto brasileiro foi pego de surpresa no final da corrida. Há poucas voltas do fim um pneu traseiro de Senna resolveu estourar justamente quando o piloto brasileiro havia acabado de passar pela entrada dos boxes, o piloto não teve condições de contornar o circuito inteiro e abandonou a corrida. 
   Com Patrese e Senna fora a vitória estaria nas mãos de Berger, certo? Errado. O piloto da McLaren foi superado por Prost e Mansell, da Ferrari, que fizeram um fim de corrida eletrizante. Prost largou em 13º e conquistou uma de suas vitória mais eletrizantes na Fórmula 1. Mansell disputou o 2º lugar com Berger nas voltas finais e levou a melhor. Ficou claro que o título para Senna não seria tão fácil como se esperava.
7.GP da França: Na França, a Ferrari seguia a boa fase da corrida anterior. Primeiro pela pole position de Nigel Mansell, depois pela vitória de Alain Prost. Depois de largar em 4º o piloto francês venceu mais uma corrida na estratégia, e dava uma aula em seus adversários ao escolher sempre o melhor pneu para as corridas e economizá-los ao máximo. 
   Destaque para o piloto da Leyton-House, Ivan Capelli, que terminou em 2º. Sem grandes resultados nas corridas da França, Senna se conteve com o 3º lugar no pódio.
Com três vitórias seguidas no meio do campeonato, Prost já pintava como favorito em 1990
8.GP da Inglaterra: O GP da Inglaterra foi decisivo para o restante da temporada de 1990. Correndo em casa Nigel Mansell fez a pole position novamente, mas como ocorreu na França o piloto inglês teve problemas e abandonou a corrida. Alain Prost ficou com a vitória e além de assumir a liderança no campeonato cobrou a equipe, dizendo que se ela não escolhesse um primeiro piloto para a 2ª metade da temporada iria, assim como a Williams, ficar fora da briga pelo título. 
   A equipe escolheu o piloto francês, inconformado Mansell anunciou a aposentadoria no fim da temporada e alegou grande desrespeito por parte da equipe vermelha.
9.GP da Alemanha: Sem ter primeiro piloto, a Williams deixou claro de que estaria fora da briga pelo título em 1990. No GP da Alemanha o time inglês pagou caro pelo motor Renault não ser tão forte quanto os motores Ferrari e Honda das duas principais adversárias. A equipe ficou fora da briga pela vitória e da pole position. 
   Na pista mais rápida da temporada, Ferrari e McLaren travaram um duelo eletrizante pela pole, na qual a McLaren levou a melhor, novamente graças às táticas aerodinâmicas de Ayrton Senna. Na corrida nada pôde deter o piloto brasileiro, que venceu sua 4ª corrida na temporada e a 3ª seguida na Alemanha. As Ferraris decepcionaram, Nigel Mansell novamente teve problemas e Prost assim como em San Marino errou feio na estratégia de pneus e terminou fora do pódio.
Largada do GP da Hungria outra grande corrida da temporada de 1990
10.GP da Hungria: 4 pilotos foram o grande destaque do GP da Hungria. A dupla da Williams e os brasileiros Piquet e Senna. Enquanto a Williams não teve chances contra a adversárias no rápido circuito alemão, a equipe pôde dar o troco no circuito travado e ondulado de Hungaroring não dando chances às adversárias. 
   A equipe formou a primeira fila e era disparada a favorita para a vitória. Mas o calor da pista e a má estratégia da Williams quase cobrou caro. Riccardo Patrese ficou fora do pódio e Boutsen venceu com 2 décimos de segundo de vantagem sobre Senna. Piquet completou o pódio após largar em 9º e as Ferraris nem ao menos pontuaram, pois ambos pilotos abandonaram.
   Mesmo em 2º, Senna recuperava a liderança do campeonato.
Senna e Prost voltaram a duelar nas corridas finais de 1990
11.GP da Bélgica: Já assumidamente fora da disputa pelo título, a equipe Williams resolveu desistir da temporada de 1990 nas corridas finais e começou a se preparar para o ano seguinte. As últimas corridas foram dominadas por Ferrari e McLaren. O grande duelo entre Senna e Prost na temporada finalmente começava. 
   A disputa começou no GP da Bélgica. Senna teve o melhor carro na classificação e saiu na pole position. Prost teve a melhor estratégia de corrida e ambos terminaram a corrida próximos, com vantagem para Senna, Prost terminou em 2°.
12.GP da Itália: A torcida italiana compareceu em peso para o GP da Itália em Monza. A torcida ferrarista celebrava a boa fase do time, o que há muito tempo não acontecia. Mas na corrida teve um estraga prazeres.
   Assim como na Alemanha, Senna conseguiu dar o melhor carro à McLaren e largou na pole position. O piloto brasileiro ainda fez a melhor volta da corrida e venceu a prova, ampliando ainda mais sua vantagem no campeonato para Alain Prost.
Em Portugal Mansell e Prost formaram um dos pódios mais frios da Fórmula 1
13.GP de Portugal: Enquanto Senna e a McLaren venceram os GPs de Bélgica e Itália a Ferrari preparava o melhor carro para as corridas seguintes. Mas Prost não esperava por um adversário interno. Nigel Mansell já rompido com a Ferrari fez a pole position para o GP de Portugal, não respeitou o pedido da equipe de deixar Prost assumir a ponta na largada e quando o francês tentou passá-lo Mansell fechou e tacou o carro em cima de Prost.
   Muitos torcedores ficaram confusos no fim da corrida. Nigel Mansell venceu e Prost fechado no início da corrida ainda foi ultrapassado por Ayrton Senna que terminou em 2°, e Prost foi o 3º. Os pilotos da Ferrari mal se olharam no pódio e Mansell ironizou um pedido de desculpas para Prost em um frio e rápido toque de mãos. Foi uma das comemorações mais frias da temporada. 
   Depois da corrida a Ferrari contou que fechara com Jean Alesi, o destaque do ano, o piloto francês tinha um contrato quase assinado com a Williams, quando recebeu o convite da equipe italiana e fez um dos maiores erros da categoria.
Um acidente assustador encerrou a carreira de Martin Donnelly na Fórmula 1
14.GP da Espanha: O GP da Espanha não viu o duelo de Senna e Prost como ponto crucial. O grande destaque foi o terrível acidente de Martin Donnelly no treino de classificação. O piloto da Lotus caiu fora do carro ao bater a quase 300 km/h. O acidente chocou a muitos, inclusive Ayrton Senna.
   O líder do campeonato conseguiu no braço fazer mais uma pole position, mesmo os carros da Ferrari sendo os mais fortes no fim da temporada. O piloto brasileiro forçou tanto o seu carro que acabou tendo problemas e abandonando a corrida. Prost venceu e Mansell completou a dobradinha vermelha. 
   Depois da corrida Senna se disse assustado com o acidente ocorrido e já via a Fórmula 1 como um esporte muito perigoso e que envolvia extremos riscos. Aquela foi a última vez que Martin Donnelly entrou em um carro de Fórmula 1, mesmo sobrevivendo decidiu que nunca mais participaria de uma corrida em sua vida.
15.GP do Japão: O GP do Japão teve uma das disputas mais tensas da Fórmula 1. Senna faria tudo para dar o troco em Alain Prost, o piloto francês com a ajuda da Ferrari conseguira novamente o melhor carro do fim de semana, e Senna no braço conseguiu mais uma pole position. Antes da corrida Senna respondeu aos representantes da FISA, depois de ser defendido por Nelson Piquet que disse ter sido injusta a penalização para seu compatriota na corrida em Suzuka no ano anterior. 
Senna se vingou de Prost e da FISA em 1990 e levou o bi-campeonato de Fórmula 1
   A reunião foi um pedido da FISA para que os pilotos fizessem uma corrida limpa, uma indireta para Ayrton Senna. Inconformado e defendido por vários outros pilotos Senna deixou a reunião e disse que não mudaria o seu estilo de correr. Prova disso foi o que aconteceu na primeira curva. Até então o pole position escolhia o lado em que iria largar no grid, mas de uma forma incompreensível Senna largou do lado sujo da pista e sem poder fazer coisa alguma foi ultrapassado por Prost na largada. 
   Senna tentou dar o troco ainda na reta dos boxes, mas Prost fechou a porta como havia feito no ano anterior. Senna não tirou o pé, ciente de que dessa vez o abandono dos dois daria o título ao piloto brasileiro. Os dois fizeram uma batida feia e após abandonar e perder o título Prost disse que por pouco não agrediu Senna. 
Zebra do GP do Japão Piquet liderou a dobradinha da Benetton com Moreno em 2°
   Sem Prost e Senna a corrida estava nas mãos de Nigel Mansell, talvez o que seria a última vitória do piloto inglês na Ferrari, a equipe italiana ainda estava na disputa pelo título de construtores, mas acabou perdendo quando Mansell abandonou na metade da corrida e o título ficou com a equipe McLaren pela 3ª vez seguida.
   A Williams terminou o ano de forma dramática, sem desenvolver o carro para as últimas corridas, nem ao menos brigou pela vitória no Japão. Quem brilhou foi a equipe Benetton e Nelson Piquet voltou a vencer e liderando a dobradinha da equipe e com o compatriota Roberto Moreno em 2°.
16.GP da Austrália: A última corrida da temporada foi tão tensa quanto à anterior. Nos circuitos de rua ninguém podia com Ayrton Senna. O piloto brasileiro largou na pole e vinha dominando a corrida, mas abandonou à 20 voltas do fim. Berger não conseguiu segurar os carros da Ferrari e ficou fora do pódio. Destaque para Nelson Piquet que impediu a dobradinha da equipe italiana.
   Mansell terminou em 2° e se despediu da Ferrari, Prost completou o pódio e prometeu vingança à Senna na temporada seguinte. Mansell e a Ferrari fizeram uma despedida fora do esperado, enquanto a McLaren não sabia se renovava ou não com Berger, enquanto a Williams tinha apenas um piloto assinado para o ano de 1991. Senna como grande temor da FISA além de ser o campeão do ano da forma que se mais temia ainda ganhou o título merecido de melhor piloto do ano, sendo campeão sem ter o melhor carro e calando de vez os críticos. Era sem dúvida o melhor piloto da época.
1991 - O tri de Ayrton Senna: A temporada de 1991 foi tão acirrada quanto a temporada anterior. A McLaren decaía a cada ano desde 1988 e decidiu mudar drasticamente em 1991, com uma aerodinâmica forte e tendo disparado o melhor carro na pré-temporada. A Ferrari por outro lado tinha um carro conservado. Recebeu várias críticas de seus pilotos, principalmente Alain Prost, sendo considerada a decepção do ano.
Favoritos em 1991 Senna e McLaren foram surpreendidos, mas conseguiram conquistar mais um título na categoria
    Com isso a McLaren de Ayrton era sem dúvida a favorita ao título e Senna o favorito disparado ao tri-campeonato. Mas eis que surge a Williams, a equipe contou com três armas que a McLaren e Senna não contavam. A primeira foi a contratação de Adrian Newey o mestre da aerodinâmica que fez um chassi ao nível do da McLaren. A segunda foi a compra do câmbio semi-automático, que até então apenas a Ferrari tinha e a 3ª foi o retorno de Nigel Mansell. O piloto inglês que já havia decidido abandonar a categoria foi chamado de última hora para completar a dupla de pilotos da Williams e de volta à equipe em que ficou tão popular ele seria a grande pedra no sapato para Senna.
    Com muito talento e um pouco de sorte pela falta de paciência de Mansell, Senna conseguiu o tri-campeonato e novamente com o título de melhor piloto do ano, já era o grande ídolo da Fórmula 1.
Senna liderou a corrida inteira em Phoenix
1.GP dos Estados Unidos: Na primeira corrida da temporada nada pôde contra Ayrton Senna e a nova McLaren. O piloto brasileiro liderou a corrida inteira e terminou quase 20 segundos na frente de Alain Prost, 2º colocado. Nelson Piquet completou o pódio, no total eram 10 títulos no primeiro pódio da temporada.
   Promessas da corrida, Jean Alesi e os pilotos da Williams tiveram problemas e abandonaram a corrida.
2.GP do Brasil: A Williams tinha disparado o melhor carro em pistas onduladas e mesmo com a boa fase de Ayrton Senna eles eram os favoritos para o GP do Brasil. Na classificação o piloto da casa conseguiu por pouco superar a dupla da Williams e largar novamente na pole position. 
   Na largada Nigel Mansell ultrapassou Riccardo Patrese e foi pra cima de Ayrton. Senna resistiu como pôde até o piloto inglês com os pneus no limite acabar rodando e com problemas no câmbio acabar ficando pelo caminho. Senna já vinha disparado na frente dos demais pilotos, quando problemas nos pneus e na caixa de câmbio comprometeram o seu rendimento nas voltas finais. 
Exausto no fim da corrida, Senna mal conseguiu levantar o troféu no GP do Brasil
   Para piorar, Riccardo Patrese que havia poupado equipamento durante a corrida começou a "voar baixo" pra cima do brasileiro. As voltas finais foram dramáticas, até que uma leve garoa nas últimas voltas fizeram com que Patrese diminuísse o seu ritmo e a vitória ficasse com Senna. 
    O piloto brasileiro cruzou a linha de chegada exausto, pela primeira vez vencia em seu país, com espasmos musculares ele nem ao menos conseguiu levar o seu carro para os boxes e com muita ajuda de Ron Dennis conseguiu levantar o troféu.
3.GP de San Marino: A McLaren deixou claro o seu domínio no início da temporada. Em Imola a equipe Ferrari corria em casa e novamente a Williams tinha o melhor carro para pistas onduladas. A classificação foi acirradíssima, mas novamente deu Ayrton Senna na pole position. 
Pagando o mico do ano, Prost nem ao menos largou em San Marino
   A corrida prometia grandes disputas entre Senna, Prost e a dupla de Williams. Mas uma forte chuva antes da corrida estragou a festa de quem esperava uma corrida emocionante. Depois de ficar fora do pódio no Brasil, Prost pagou o mico do ano ao rodar na volta de apresentação em San Marino, deixando a torcida da Ferrari "P" da vida com o piloto. 
   Mansell pagou outro mico ao rodar na primeira curva e nem ao menos completar uma só volta. Senna e Patrese disputaram a liderança no início da corrida, mas logo a Williams de Patrese também ficou pelo caminho e Senna pôde comemorar sua 3ª vitória na temporada. 
Em Mônaco Senna conseguiu sua 4ª vitória em 4 corridas em 1991 
4.GP de Mônaco: Nos circuitos de rua nada podia contra Ayrton Senna. Em Mônaco o piloto brasileiro fez mais uma pole position, liderou de ponta a ponta e venceu de forma fácil. Prost andou grande parte da corrida em 2°, mas superado por Mansell na saída do túnel, na maior ultrapassagem da história de Monte Carlo. Mansell terminou em 2º, finalmente marcando os seus primeiros pontos no campeonato e Prost ainda com problemas de pneu acabou ficando fora do pódio. 
   Senna saia do GP de Mônaco com 40 pontos, contra 11 do vice-líder Alain Prost e era disparado o favorito para o título, mas depois de 4 corridas perfeitas para o piloto brasileiro, as 5 corridas seguintes não foram tão bem assim. 
5.GP do Canadá: No Canadá a Williams estreava um novo motor Renault, tão potente quanto os motores Honda da McLaren. Nada pôde impedir a primeira fila do time inglês no grid para a 5ª etapa do campeonato.
No GP do Canadá de 1991,  Piquet conquistou sua última vitória na Fórmula  1 
   Riccardo Patrese largou na pole position, mas com problemas de pneu acabou abandonando a briga pela vitória. Ayrton Senna e a dupla da Ferrari também abandonaram e a vitória ficou nas mãos de Nigel Mansell. O inglês já comemorava a sua 1ª vitória em seu retorno na Williams, mas a equipe esqueceu que o novo motor Renault também consumia mais combustível e faltando menos de meia volta para a bandeirada o carro de Mansell ficou parado.
   Quem acabou fazendo a festa foi Nelson Piquet com a Benetton, conquistando sua última vitória na Fórmula 1. 
6.GP do México: No México a Williams já foi mais preparada em relação ao consumo de combustível e mesmo com os carros mais pesados conseguiram novamente fazer a primeira fila do grid. Patrese fez a pole position e venceu, Mansell completou a dobradinha e restou à Senna o 3º lugar no pódio. 
7.GP da França: Riccardo Patrese era o grande cotado da Williams para tirar o título de Senna, mas no GP da França o piloto italiano mesmo fazendo a pole position teve novamente problemas de pneus e terminou apenas em 5º. A equipe Ferrari com a dupla de pilotos da casa não tinha o melhor carro da temporada e a McLaren de Senna começava a perder o ritmo com o passar das corridas. Com isso, poucos acreditaram quando a vitória ficou com Nigel Mansell. O piloto inglês saiu em 4º, fez uma corrida perfeita e depois de quase 4 anos voltou a vencer com o carro da Williams.
Com motores novos nada pôde deter o carro da Williams nos circuitos de alta velocidade
8.GP da Inglaterra: O abandono de Patrese na 1ª volta no GP da Inglaterra deixou claro de que o piloto italiano não seria páreo para Senna em 1991. 
   Correndo em casa Mansell deixou claro de que seria o único adversário da temporada no nível de Senna. O piloto inglês fez a pole position, melhor volta da corrida e venceu de ponta a ponta. Senna ia terminar em 2º, mas teve pane-seca na volta final e precisou de uma carona de Mansell para volta pros boxes, a imagem deixou claro que o campeonato começava a ficar ameaçado no lado do piloto brasileiro.
9.GP da Alemanha: Na Alemanha a Williams voltou a dominar e fez a dobradinha na corrida, novamente com Nigel Mansell na frente. Senna ainda tentou disputar a 2ª posição com Riccardo Patrese, mas pela 2ª vez seguida teve pane-seca e nem ao menos pontuou.
   Mansell já era o vice-líder do campeonato e estava apenas 8 pontos atrás de Senna. Mesmo com Prost fora da disputa, o título de 1991 parecia de uma forma miraculosa escapar das mãos de Senna.
Com os novos motores Honda, Senna voltou a vencer e brigar pelo campeonato
10.GP da Hungria: O ritmo da McLaren decaia a cada corrida desde o GP de Mônaco, mas em Hungaroring a equipe pareceu encontrar a salvação para o restante do campeonato. Os novos motores Honda, muito mais potentes do que os anteriores deram à equipe britânica a chance de voltar a disputar vitórias no campeonato.
   Na Hungria a Williams ainda tinha vantagem pelo fato de ser uma pista ondulada e que favorecia a suspensão ativa do time. Mas Ayrton Senna conseguiu voltar a fazer a pole position e no braço conseguiu a vitória, terminando 5 segundos na frente de Mansell.
11.GP da Bélgica: A pista favorita de Senna deu à ele um novo presente. Na Bélgica, Senna conseguiu a sua 5ª vitória em Spa Francorchamps e para a sua felicidade e para melhorar Nigel Mansell acabou abandonando, trazendo de volta a chance de Senna se tornar tri-campeão.
12.GP da Itália:  McLaren e Williams disputaram de forma dramática a pole position para o GP da Itália e por pouco Senna superou Mansell e largou novamente em 1º. O piloto brasileiro fez o que pôde. Resistiu ao ataque de Patrese, até esse ter problemas no câmbio. 
Schumacher fez sua estreia na Fórmula 1 no GP da Bélgica de 1991
   Mas o piloto brasileiro não resistiria a um 2º ataque. Mansell fez um final de corrida excelente e superou por cansaço o piloto da McLaren, voltando a vencer. Senna ainda foi pressionado por Prost no final da corrida, mas conseguiu terminar em 2º. Depois da corrida Prost fez duras críticas ao carro da Ferrari e acabou sendo demitido da equipe, com o apoio da torcida.
   O GP da Itália também foi marcado pela contratação de Michael Schumacher pela equipe Benetton, depois de fazer a sua estreia na Bélgica, correndo pela Jordan, o piloto alemão acabou sendo contratado para ser companheiro de Piquet e já impressionou muitos ao superá-lo na corrida, terminando em 5º.
A falta de paciência de Mansell lhe custou caro na temporada de 1991
13.GP de Portugal: Em Portugal McLaren e Williams voltaram a brigar pela pole position, mas dessa vez foram Riccardo Patrese e Gerhard Berger que ocuparam a primeira fila do grid. A McLaren trabalhou bem e Berger deu sua posição à Senna. A Williams faria o mesmo, mas para isso Mansell teria que passar os pilotos da McLaren. 
   Berger abandonou com problemas de motor e Mansell só precisava passar Senna para vencer a corrida, mas na troca de pneus o piloto da Williams se precipitou e acabou perdendo uma roda no pit lane, sendo desclassificado da corrida e perdendo talvez o que seria sua grande chance de brigar pelo título naquele ano.
   Senna terminou em 2º e já poderia se tornar tri-campeão na corrida seguinte.  
14.GP da Espanha: Senna tinha tudo para se tornar tri-campeão no GP da Espanha em 1991. Para impedir o título do piloto brasileiro Mansell teria que marcar pelo menos 4 pontos a mais que Senna.
   Berger decidiu ajudar o companheiro de equipe e marcou a pole position. Na largada Senna passou Mansell e assumiu o 2º lugar. A tática da McLaren era simples, enquanto Berger disparava na liderança, Senna segurava o piloto da Williams. A equipe já preparava a festa do título, até que tudo mudou na 2ª metade da corrida.
Senna tentou, mas não conseguiu evitar a ultrapassagem de Mansell no GP da Espanha
   Berger com problemas abandonou a corrida e Mansell começou a voar baixo pra cima de Senna. O piloto brasileiro fez o que pôde, mas não conseguiu evitar a ultrapassagem, depois deles ficarem a reta dos boxes inteira lado a lado. Mansell assumiu a liderança e Senna ao tentar se recuperar ainda acabou rodando, foi superado por Patrese e pelos pilotos da Ferrari, terminando apenas em 5º. 
15.GP do Japão: Sem conquistar o título na Espanha, Senna conseguiu levar a disputa novamente para o GP do Japão. Agora Mansell tinha que marcar no mínimo 6 pontos a mais que Senna. O piloto brasileiro fez o que pôde para largar na frente do inglês. Gerhard Berger para se redimir com a equipe fez a pole position e o time faria a mesma tática da corrida anterior. 
   Berger largou em 1º e disparou na ponta. Senna segurou Nigel Mansell em 2º, até que o piloto inglês acelerou mais do que devia e passou reto na primeira curva da volta 9. Seu carro ficou parado na brita, a roda traseira girando em falso e o tri-campeonato já estava finalmente garantido com Ayrton Senna.
Em uma das cenas mais bonitas da Fórmula 1, Senna deixou o companheiro e amigo Berger lhe ultrapassar nas últimas curvas em Suzuka
   Senna poderia abandonar a corrida, mas decidiu ir até o fim e dar outro de seus espetáculos. Com a melhor volta da corrida ultrapassou Berger e assumiu a liderança, para retribuir a ajuda do companheiro de equipe lhe deu a primeira vitória na McLaren com o belo gesto de reduzir a velocidade nas curvas finais. O ato foi aplaudido por todo o autódromo. Berger venceu e Senna levou o tri-campeonato. 
Piquet em sua última corrida na Fórmula 1 
16.GP da Austrália: O curto GP da Austrália foi uma das corridas mais belas da Fórmula 1. Com apenas 14 voltas Ayrton Senna já tri-campeão mundial fez a pole position e venceu a corrida de ponta a ponta dando o 4º título de construtores seguido à equipe McLaren. Para completar a festa, Berger fez a volta mais rápida da corrida e terminou em 3º. Alain Prost nem ao menos aceitou correr e garantiu que não correria pela Ferrari no ano seguinte. Piquet tinha tudo para assinar com a equipe italiana, mas o contrato não deu certo e o piloto brasileiro com uma grande passagem pela categoria encerrou finalmente a sua carreira como piloto de Fórmula 1.
1992 - Finalmente o título de Mansell: Depois da McLaren ter disparado o melhor carro em 1988 e 1989 e ter disparado o melhor piloto em 1990 e 1991, chegou a hora da Williams voltar ao cargo de melhor equipe da categoria. O carro de 1991 era quase ou tão forte quanto o carro da McLaren da mesma temporada e para 1992 nada poderia impedir o título da equipe inglesa. Mansell e Patrese sairiam da equipe no fim do ano e com grandes chances de aposentar na Fórmula 1. A equipe decidiu dar à eles o melhor carro que já deu à uma dupla de pilotos. 
   A Ferrari já não tinha mais Alain Prost e a Benetton já não tinha mais Nelson Piquet, por fim a única adversária à altura seria a McLaren, mas a equipe britânica criou o seu carro mais fraco com os motores Honda. O novo carro ficaria pronto apenas para a 3ª corrida da temporada, enquanto a Williams já se antecipava e teria carro novo desde a primeira corrida do ano. 
Mansell e a equipe Williams foram os grandes nomes da temporada de 1992
   Para confirmar o domínio a Williams também estreava em 1992 a suspensão ativa. O carro tão nervoso dos anos anteriores, agora era o mais fácil de pilotar permitindo que Patrese e Mansell permanecessem o tempo inteiro acelerando. A questão era qual dos dois seria campeão naquele ano. 
   Patrese encarou uma onda de azar durante a temporada e passou o ano inteiro com apenas 1 vitória. Já Mansell fez a sua melhor temporada na categoria, depois de perder o título de 1986 para Alain Prost, o de 1987 para Nelson Piquet e o de 1991 para Ayrton Senna, o inglês finalmente conseguiu um título na Fórmula 1, e logo de cara o título mais fácil da categoria. 
1.GP da África do Sul: Muitos esperavam que a equipe McLaren dominasse, mesmo com o carro do ano anterior, o primeiro treino de classificação da temporada de 1992. O público já havia se acostumado com os carros branco e vermelho largando na pole position para a primeira corrida do campeonato. 
   Mas Nigel Mansell estragou a festa e nos últimos minutos tomou a pole position de Senna. Muitos esperavam uma corrida acirrada com as últimas da temporada anterior. Mas na largada ficou claro o domínio dos carros da Williams. Mansell disparou na liderança e Senna nem ao menos pôde brigar pelo 2º lugar com Riccardo Patrese, os carros da Williams levantavam, graças à suspensão eletrônica, nos pontos altos do circuito, permitindo que seus pilotos estivessem sempre à mesma altura do solo. 
   A equipe também mantinha o forte câmbio semi-automático, a boa aerodinâmica e o confiável motor Renault, pontos fortes da equipe em 1991. Mansell venceu a corrida sem dificuldades e Patrese completou a dobradinha.
Se despedindo da Fórmula 1, o MP4/6 da McLaren foi um grande fiasco no início de 1992
2.GP do México: O GP do México de 1992 foi uma das piores corridas de Ayrton Senna em sua passagem pela McLaren. O piloto tri-campeão mundial se despedia do carro que lhe deu o tri-campeonato, de forma triste. Apenas 6º colocado na classificação ele abandonou a corrida com apenas 10 voltas e assistiu ao domínio da equipe Williams. 
   No circuito com a maior reta da temporada e um dos mais ondulados, nada pôde contra os carros azuis. Mansell e Patrese foram os únicos que disputaram a pole position, novamente ganha por Mansell. Os dois carros formaram a primeira fila e conseguiram a dobradinha. O piloto que chegou mais próximo foi Michael Schumacher, chegando em 3º com a Benetton e conseguindo o seu primeiro pódio na Fórmula 1.
Pelotão da Fórmula 1 é liderado pelos carros de "outro planeta"
3.GP do Brasil: No GP do Brasil a McLaren finalmente estreou o novo carro para a  temporada de 1992. Correndo em casa, Senna prometia finalmente brigar pela vitória, mas seu sorriso durou pouco. O conjunto câmbio e motor do carro da McLaren não funcionou como esperado. Os pilotos ficaram novamente fora da briga pela pole position e ambos abandonaram a corrida logo no início.
   Mansell e Patrese disputaram a corrida inteira. Patrese prometia que iria finalmente vencer e chegou a liderar grande parte da corrida, mas na troca de pneus acabou sendo superado por Mansell, que venceu a corrida, terminando quase 30 segundos na frente de seu companheiro de equipe. O piloto inglês já era cotado como único favorito ao título.
   Depois da corrida Ayrton Senna batizou os carros da Williams como sendo de outro planeta, primeiro por sua confiabilidade e aderência, segundo pela velocidade fora do normal. Michael Schumacher, 3º colocado da corrida, terminou mais de 1 minuto atrás de Mansell.
O carro da McLaren em 1992 não foi nem sombra de seus antecessores
4.GP da Espanha: O GP da Espanha deixou claro que o novo carro da McLaren não era nem perto do que se esperava. Mesmo em pista molhada, Ayrton Senna ficou de fora da primeira fila e nem ao menos conseguiu terminar a corrida. Vitória novamente de Nigel Mansell, Schumacher terminou em 2º e já passava a ser o grande destaque da temporada.
5.GP de San Marino: Em San Marino, Mansell quebrou o recorde de Senna do ano anterior, fazendo a 5ª pole position na temporada e vencendo a 5ª corrida seguida. Em sua pior temporada na McLaren Senna se conformou com o 3º lugar.
Em Mônaco Senna finalmente teve chances de duelar contra os carros da Williams
6.GP de Mônaco: Talvez as únicas pistas que os carros da McLaren tivessem chance contra os carros da Williams seria os circuitos de rua, onde a ondulação da pista era menor e a pista mais lenta. Ainda assim Mansell conseguiu sua 6ª pole position seguida na temporada. O piloto já disparado na liderança do campeonato tinha tudo para vencer, até fazer uma troca de pneus no final da corrida. 
   Senna largou em 2º e mesmo com bom ritmo na corrida poupou os pneus ao máximo, fazendo uma troca de pneus a menos que Nigel Mansell. Depois de parar Mansell voltou dos boxes atrás de Senna, fez de tudo, mas não conseguiu ultrapassar o piloto brasileiro. Senna se manteve no meio da pista e de forma inimaginável venceu a corrida.
7.GP do Canadá: Mesmo vencendo em Mônaco, Ayrton já admitiu antes do GP do Canadá que não tinha chances de disputar o título naquele ano. Em Montreal ele conseguiu sua primeira e única pole position na temporada. Mas ao receber tamanha pressão dos carros da Williams acabou abandonando com problemas elétricos.
   Pela primeira vez na temporada os carros da Williams também abandonaram a corrida e a vitória ficou com Gerhard Berger da McLaren, a grande zebra do ano até então.
8.GP da França: Bastou voltarem os circuitos mistos para voltar o domínio da Williams. A equipe conseguiu a primeira fila do grid e a 5ª dobradinha da temporada em 8 corridas. Para Mansell não perder mais um título de pilotos, o time deixou o piloto inglês como sendo o primeiro piloto da equipe. Mansell fez a pole position, melhor volta e conseguiu sua 6ª vitória na temporada. 
9.GP da Inglaterra: Correndo em casa nada pôde parar os carros da Williams. O time fez novamente a primeira fila do grid e a dobradinha na corrida, com Nigel Mansell em 1º.
Em 1992, Mansell conquistou um dos títulos mais fáceis da Fórmula 1
10.GP da Alemanha: Na Alemanha a Williams estava indo rumo à sua 7ª dobradinha em 10 corridas. Mansell largou na pole e venceu a corrida. Patrese largou em 2º e fez a melhor volta, mas quando o time já comemorava outro grande feito, Patrese acabou abandonando a corrida na penúltima volta e a festa ficou pela metade.
11.GP da Hungria: Na Hungria Mansell finalmente poderia se tornar campeão mundial. O piloto inglês tinha como único adversário no campeonato o seu companheiro de equipe, Riccardo Patrese que precisava vencer. Todos já sabiam que a Williams tinha como preferência o piloto inglês para conquistar o título, mas Patrese não se deu por vencido facilmente e conseguiu a pole position. 
   O piloto italiano só não contava que o formidável motor Renault estourasse há pouco mais de 20 voltas do fim. Com o abandono do companheiro de equipe, Mansell nem ao menos precisava vencer a corrida, já era campeão. A vitória ficou com Ayrton Senna e Mansell fazendo uma corrida conservada terminou em 2º.
12.GP da Bélgica: Mesmo depois do título os pilotos da Williams não tiraram o pé para as corridas finais e Nigel Mansell fez novamente a pole position. Mesmo com pista molhada o piloto inglês era o favorito para a vitória. Mas tanto ele quanto à Williams foram surpreendidos por Michael Schumacher e a espetacular tática da Benetton. Trocando pneus na hora certa a equipe conseguiu dar à Schumacher a sua primeira vitória na Fórmula 1. Restou aos carros da Williams os dois outros lugares no pódio.

Com uma super estratégia da Benetton, Schumacher conseguiu sua primeira vitória na Fórmula 1

Praticamente confirmado na Williams, Senna comemora a vitória no GP da Itália
13.GP da Itália: As últimas corridas da temporada de 1992 foram as mais emocionantes do ano. Depois de perder o título mundial, Patrese anunciou que não correria mais na equipe Williams e Alain Prost, que não correu em 1992 assumiria o seu lugar. Muitos queriam ver Prost e Mansell juntos novamente na mesma equipe, mas no fim de semana para o GP da Itália Mansell também anunciou que sairia da Williams no fim da temporada e ainda afirmou que o seu sucessor seria Ayrton Senna, que desde a metade da temporada negociava com a Williams. 
   Para comemorar, o piloto brasileiro fez outra grande corrida e venceu o GP da Itália.
Prost vetou a participação de Senna como piloto da Williams em 1993
14.GP de Portugal: Antes do GP de Portugal muita coisa aconteceu. Primeiro a Honda anunciou que sairia da Fórmula 1, deixando a McLaren à própria sorte na temporada seguinte, depois o fato de Alain Prost que ao descobrir que Senna assinaria com a Williams decidiu vetar a participação do piloto brasileiro, ainda magoado com o piloto brasileiro disse em alto tom que não iria correr na Williams se Senna corresse também.
   O piloto brasileiro acabou ficando sem contrato e para piorar fez outra corrida fraca na temporada, ficando atrás inclusive de seu companheiro de equipe Gerhard Berger. A Williams dominou novamente, formou a primeira fila do grid e conseguiu outra vitória com Nigel Mansell, só não comemorou a dobradinha porque Riccardo Patrese acabou se colidindo forte na entrada dos boxes.
No Japão, Patrese conquistou sua última vitória na Fórmula 1
15.GP do Japão: A corrida no Japão não foi menos tensa fora das pistas como as anteriores. Sem contrato para 1993, Ayrton Senna seguia desmotivado e abandonou a corrida logo na 2ª volta. Mansell abandonou e Patrese conquistou a sua última vitória na categoria. Depois de vencer o italiano admitiu que correria mais um ano na categoria e comemorava o fato de ter sido contratado como piloto da Benetton para o ano seguinte. Logo a equipe que Senna vinha espionando.
16.GP da Austrália: O GP da Austrália marcou várias despedidas na categoria. Talvez em suas últimas corridas pelas equipes que o destacaram, Mansell e Senna fizeram uma disputa radical pela pole position. Depois de seis anos, Senna fazia a sua última corrida com motores Honda e se aproveitava do circuito de rua em Adelaide para andar no mesmo nível de Mansell, mas novamente o piloto inglês ficou com a pole. 
   As primeiras voltas foram acirradas, Mansell talvez faria a sua última corrida pela Williams e Senna faria o mesmo pela McLaren. A disputa que começou bem acabou terminando de forma trágica. Os dois pilotos acabaram se chocando e abandonando a corrida. Patrese assumiu a liderança e também queria se despedir da Williams com chave de ouro, mas abandonou com problemas no motor. 
Sem saída Senna teve que renovar o contrato com a McLaren para 1993
   Sem o poderoso trio, Berger e Schumacher disputaram a vitória até o fim. O piloto da McLaren levou a melhor, venceu a 2ª corrida na temporada e assumiu que voltaria para a Ferrari no ano seguinte, se despendido da McLaren e fechando outra porta de contrato para Ayrton Senna. O piloto brasileiro não viu outra saída, senão renovar com a McLaren, sabendo que a equipe não teria carro para disputar o título em 1993.





Destaques da temporada de 1993, Senna e Prost deram um show na Fórmula 1
1993 - A última grande temporada de Senna e Prost: Os dois maiores medos de Ayrton Senna estavam juntos na temporada de 1993. O poderoso carro da Williams e o seu grande arque-rival Alain Prost. Senna sabia desde o início do ano que não poderia brigar pelo título contra essa poderosa dupla, até porque a própria já admitia que não tinha carro para vencer corridas. Os motores Ford e a suspensão ativa da equipe branca e vermelha não eram páreos para os motores Renault e a suspensão eletrônica da Williams. A McLaren estreava o câmbio semi-automático, mas não era uma vantagem tão grande com motores tão limitados.
   Mesmo sem ter carro para brigar pelo título, Senna decidiu fazer a melhor temporada que um piloto já havia feito na Fórmula 1, todos, inclusive o campeão da temporada, Alain Prost, admitiram, aquele foi o maior piloto que já passou pela categoria.
Senna bem que tentou, mas não conseguiu evitar a vitória de Prost na 1ª corrida do campeonato
1.GP da África do Sul: Para não cometer o mesmo erro da McLaren na temporada anterior, a Williams decidiu começar o ano de 1993 já com o carro novo. Mesmo com poucas mudanças em relação à 1992, ainda tinha disparado o melhor equipamento da categoria. 
   Prost já chegou fazendo a sua estreia no time com a pole position e o domínio disparado na classificação. Na briga pelo 2º lugar Senna levou vantagem sobre Schumacher e Hill e fechou a primeira fila. Na largada o piloto brasileiro assumiu a liderança, mas era questão de tempo para Prost ultrapassá-lo. O piloto brasileiro fez de tudo para evitar, mas Prost levou a melhor e venceu em sua estreia na Williams. Com o abandono de Hill e da dupla da Benetton, o 2º lugar teve sabor de vitória para Senna. 
Público brasileiro invade a pista, após vitória mais comemorada por uma torcida na Fórmula 1
2.GP do Brasil: Uma das corridas mais emocionantes da temporada. O GP do Brasil daquele ano foi um verdadeiro milagre. O carro da Williams era disparado o mais rápido da pista e Prost disparado o favorito para a vitória. A equipe dominou a primeira fila do grid com Alain Prost na pole position. Na largada o piloto francês já disparou na liderança. Senna conseguiu o grande feito de passar Damon Hill e se manter na frente do piloto inglês. 
   De repente um temporal castigou o autódromo e um dos primeiros a abandonar foi Alain Prost. A corrida foi interrompida e na relargada Senna perdia a liderança para Hill. O piloto da Williams conseguiu a melhor estratégia na troca de pneus, mas ainda com pista molhada nada pôde segurar Senna que ultrapassou o seu adversário e venceu pela 2ª vez no Brasil. Foi a vitória mais comemorada por uma torcida. O público invadiu a pista e levantou Senna nos braços. 
Em Donington Senna fez a melhor volta de um piloto na Fórmula 1
3.GP da Europa: Poucos acreditavam que Senna assumira a liderança do campeonato mesmo sem ter o melhor carro. No GP da Europa, a 3ª corrida da temporada, novamente as Williams eram disparadas favoritas para a vitória. O circuito em Donington Park era criticado por não ter pontos de ultrapassagem. 
   Mas nem o domínio da Williams e nem o circuito inglês conseguiram parar Senna. Depois de largar em 4º e cair para 5º na primeira curva, o piloto brasileiro deu um show, passou 4 carros na primeira volta, considerada a melhor da história da Fórmula 1. Deu um show com pista molhada, venceu a corrida e deu uma volta sobre Alain Prost, 3º colocado.
   Destaque da corrida também foi o estreante Rubens Barrichello que por pouco não subiu ao pódio.
4.GP de San Marino: O início de temporada de Senna deixou todo o público da Fórmula 1 de queixo caído. Os próprios chefes da McLaren afirmaram que a equipe não tinha carro nem ao menos para subir ao pódio e o piloto brasileiro fazia uma corrida melhor do que a outra.
   A pista molhada em San Marino poderia dar à Senna outra chance de vitória, mas dessa vez o piloto brasileiro foi surpreendido por uma falha no carro da McLaren. Sem dificuldades Alain Prost fez a pole position, a melhor volta da corrida e conquistou sua 2ª vitória na temporada.
5.GP da Espanha: Não só a Williams, como também a Benetton possuía um carro melhor do que a McLaren. Mas de uma forma quase inacreditável Senna conseguiu a 3ª posição no grid de largada. Prost novamente largou na pole, fez a melhor volta da corrida e venceu de ponta a ponta. 
   Senna ainda duelou com Damon Hill pelo 2º lugar e levou a melhor, pois o piloto da Williams abandonou a corrida.
Em 1993 Senna se tornou o recordista de vitórias em Mônaco
6.GP de Mônaco: Parecia que a temporada de 1993 finalmente havia entrado nos eixos e que o ano seria dominado por Prost. Mas em Mônaco quem fez a festa foi Ayrton Senna, que conquistou sua 6ª vitória em Monte Carlo.
   Prost largou na pole, mas queimou a largada ao cumprir a punição teve problemas nos boxes. Schumacher que largou em 2º, mal assumiu a liderança e acabou tendo motor estourado e o estreante Damon Hill da Williams não foi páreo para Senna, ainda líder do campeonato. 
7.GP do Canadá: Mesmo liderando o campeonato, Senna em momento algum disse que brigaria pelo título em 1993. Prova disso foi o fato do piloto largar apenas em 8º para o GP do Canadá e ainda abandonou a corrida. Prost sem dificuldades venceu a corrida.
Prost imita Senna e levanta a bandeira da França depois de vencer em casa
8.GP da França: No GP da França Damon Hill conquistou sua primeira pole na Fórmula 1. Mas não adiantou muito, ninguém conseguiu deter Alain Prost que corria em casa. O piloto francês largou em 2º e venceu a corrida. 
9.GP da Inglaterra: Em Silverstone Senna, Prost e Schumacher fizeram um dos maiores duelos da temporada. No fim Prost levou a melhor e venceu a corrida. Schumacher terminou em 2° e Senna teve pane-seca terminando apenas em 5º, mas assumindo que se divertia no campeonato.
Na Alemanha Prost conquista sua última vitória na Fórmula 1
10.GP da Alemanha: Sob pressão na Williams, Damon Hill tinha a vitória nas mãos no GP da Alemanha. O piloto inglês fez talvez uma de suas melhores corridas no ano. Largou em 2º, superou o piloto da casa Michael Schumacher e até o seu companheiro de equipe Alain Prost. Tinha tudo para vencer, mas nas voltas finais teve problemas com os pneus. Prost ficou com a vitória de graça, sua última na carreira. 
11.GP da Hungria: Na Hungria Damon Hill finalmente venceu sua primeira corrida na Fórmula 1. Prost novamente largara na pole e estava com a vitória nas mãos. Mas abandonou à 7 voltas do fim "devolvendo" a vitória que seria de Hill na Alemanha.
 O "queridinho" da Williams, Damon Hill era o favorito para o vice-campeonato em 1993 
12.GP da Bélgica: Com o título de Prost já garantido, a equipe Williams começou a focar no vice-campeonato de Damon Hill. Prost largou na pole em Spa Francorchamps, mas permitiu que Hill o ultrapassasse, enquanto o piloto francês segurava o restante do pelotão. Com uma boa estratégia de boxes, Schumacher se livrou de Prost, mas não conseguiu impedir a vitória de Hill.
13.GP da Itália: Na Itália, Damon Hill finalmente assumiu a vice-liderança do campeonato. O piloto inglês contou com os abandonos de Prost, Senna e Schumacher para conquistar, sem dificuldades sua 3ª vitória seguida na temporada. 
Com o 2º lugar em Portugal, Prost se tornara tetra-campeão mundial de Fórmula 1
14.GP de Portugal: Com a má fase de Patrese em sua temporada de despedida da Fórmula 1, a Benetton investiu tudo em Michael Schumacher na briga pelo vice-campeonato. O piloto alemão, destaque do ano anterior, acabou não impressionando tanto em 1993. O GP de Portugal foi a única vitória que o piloto conquistou em 1993. Depois de largar em 6º ele contou com a ajuda da equipe Benetton para superar os pilotos da Williams. 
   2º colocado na corrida, Alain Prost já se tornava matematicamente tetra-campeão mundial de Fórmula 1 e assumiu que se aposentaria no fim do campeonato, deixando o caminho livre para Ayrton Senna correr na Williams a partir de 1994. 
15.GP do Japão: Já com a aposentadoria anunciada, Alain Prost pretendia pelo menos encerrar a carreira com chave de ouro. Mas não contava com uma grande pedra no sapato, novamente Ayrton Senna. 
   Com a ajuda da chuva, Ayrton Senna ultrapassou Alain Prost na corrida e venceu novamente de forma grandiosa, evitando que Damon Hill comemorasse o vice-campeonato antecipadamente. A corrida também marcou a estreia de Mika Hakkinen no pódio, já em sua 2ª corrida pela McLaren.
Pela última vez no pódio, Senna e Prost finalmente fazem as pazes
16.GP da Austrália: Muitos ainda choram ao ver o GP da Austrália de 1993. A corrida marcou a despedida de Ayrton Senna na McLaren e sua última vitória no automobilismo e a despedida de Prost das pistas. Mais lindo que isso, foi ver os dois grandes pilotos se cumprimentarem depois da corrida, algo que ninguém jamais esperava. 
   Ainda brigando pelo vice-campeonato, Senna conseguiu a sua única pole position na temporada. Fez a volta perfeita simplesmente sem saber o tanto de combustível que havia em seu carro. Na corrida nem os pilotos da Williams impediram que Senna se despedisse com chave de ouro. O piloto brasileiro fez a pole position e venceu de ponta a ponta, conquistando o inimaginável 2º lugar na temporada. Alain Prost se despediu da Fórmula 1 e Senna sem saber conseguia sua última vitória, último pódio e últimos pontos na categoria.
1994 - A temporada mais triste da Fórmula 1: Do quarteto de campeões que dominou a Fórmula 1 entre 1985 e 1993, restava apenas Ayrton Senna na categoria, e logo com o melhor carro do ano, era sem dúvida o favorito ao título. Mas, a pré-temporada mudou logo a opinião do público.
   A Fórmula 1 se tornara mais uma competição para agradar ao público do que uma competição em si. Os acidentes e as disputas por posições eram o que mais fazia o público aumentar, além disso muitas tecnologias utilizadas nos carros dentro das pistas, passavam a ser copiadas para fora das pistas.
   Para aumentar a competitividade na temporada de 1994 foi necessário também aumentar a velocidade dos carros, a segurança infelizmente acabou não seguindo o mesmo caminho e o pior ocorreu. Duas mortes e vários acidentes foi o resultado dessa "nova" categoria.
A temporada de 1994 foi marcada por fortes acidentes
1.GP do Brasil: A classificação para o GP do Brasil confirmou o que muitos esperavam. O domínio de Ayrton Senna que ocorreu sem dificuldades nos treinos e o piloto brasileiro fez logo a pole position para a primeira corrida. Nem o seu próprio companheiro de equipe Damon Hill chegou perto de ameaçá-lo. Benetton e Ferrari conseguiram evoluir um pouco em relação à 1993, mas ainda estavam bem atrás da Williams. O único adversário páreo para Senna, foi Michael Schumacher, que largou na 2ª posição.
   Senna e Schumacher vinham dominando a corrida inteira. Mas o piloto alemão tinha uma carta na manga, a suspensão ativa da Williams havia sido proibida e o carro baixo de Senna trepidava no chão, enquanto a Benetton possuía uma aerodinâmica mais desenvolvida para carros mais altos. Schumacher tinha um carro mais fácil de guiar nas curvas e não permitiu que Senna se distanciasse. 
   Em 1994 começaram as paradas para reabastecimento e foi onde a Benetton levou vantagem. Depois de um pit stop mal-sucedido na Williams, Senna acabara perdendo a liderança da corrida e ao tentar recuperar acabou rodando e abandonando a corrida. Schumacher venceu sem dificuldades uma corrida marcada por vários acidentes.
Senna começou mal o ano de 1994
2.GP do Pacífico: O abandono de Senna na primeira corrida da temporada chocou o público da categoria. Senna seguia reclamando de que o carro de 1994, apesar de rápido, era muito difícil de guiar. Ainda assim ele conseguiu a 2ª pole seguida.
   Senna era novamente o favorito para a vitória, mas o piloto brasileiro acabou sendo tocado por trás e abandonando na primeira curva. Sem Senna a vitória ficou entre Schumacher e Hill. O piloto alemão era a única aposta da equipe Benetton e conseguiu fazer mais uma corrida perfeita, já Hill teve problemas e abandonou a corrida. Schumacher venceu de novo.
Rubens Barrichello sofreu um forte acidente nos treinos para San Marino
3.GP de San Marino: O fim de semana em San Marino na temporada de 1994 foi o mais trágico de toda a categoria. Nos testes antes da corrida Jean Alesi da Ferrari e J.J. Lehto da Benetton sofreram graves acidentes e ficariam fora da corrida. Nos treinos livres um forte acidente com Rubens Barrichello da Jordan também deixou o piloto brasileiro fora da corrida. Na classificação a fatal morte do piloto Roland Ratzenberger paralisou de vez os pilotos. 
Na classificação a morte de Ratzenberger 
   Muitos deles não queriam correr, um grupo formado por mais da metade dos pilotos pediu a anulação da corrida para a FIA. O grupo foi liderado por Ayrton Senna, único campeão que ainda disputava corridas e que disse jamais ter visto a Fórmula 1 tão perigosa. O pedido acabou sendo recusado e a largada foi data normalmente. Senna ainda abalado pediu para não correr, mas seu chefe de equipe, Frank Williams, o convenceu a pilotar. Senna e Schumacher pela 3ª vez na temporada formaram a primeira fila do grid. 


Desmotivado, Senna se recusara a correr
   Na largada um forte acidente tirou Pedro Lamy e Jos Verstappen da corrida, que ficou paralisada por várias voltas. Na relargada Senna e Schumacher dispararam na frente, Senna vinha ganhando distância, mas de repente o seu carro passou reto na curva mais veloz do circuito. Era a morte do tri-campeão. A corrida foi paralisada novamente, dessa vez com bandeira vermelha. Senna foi retirado do carro e socorrido ainda na pista. O capacete rachado do piloto e a possa de sangue no chão já revelavam o pior.
A cena mais triste da Fórmula 1
   Os médicos já sabiam que o piloto estava morto, mas a confirmação oficial só foi feita depois da corrida. Vencida novamente por Michael Schumacher. Foi um pódio sem champanhe. 
Pilotos prestam homenagem à Senna
4.GP de Mônaco: A Fórmula 1 chegou em Mônaco no pior clima possível. Depois de duas mortes entre os pilotos e vários sem poder correr por causa de acidentes muitos ainda tinham medo de entrar no carro. Antes da corrida fizeram uma homenagem à Senna.
   Na pista nada mudou. Sem Ayrton, Schumacher dominou tanto os treinos como a corrida. Único piloto da Williams na pista, Damon Hill abandonou em um forte acidente logo na 1ª volta e a Fórmula 1 quase viu a 3ª morte na temporada. Agora o acidente foi com Karl Wendlinger da Sauber. O piloto sobreviveu, mas fez sua última corrida na temporada e a Sauber decidiu não participar do Grande Prêmio, foi a corrida com o menor público em toda a história da Fórmula 1, o que convenceu finalmente a mudarem a segurança dos carros.
5.GP da Espanha: Schumacher já havia vencido as 4 primeiras corridas da temporada e sem pilotos campeões no grid, nada poderia detê-lo em busca do título. A Williams ainda tinha o melhor carro e agora sem Senna tinha preparar Damon Hill para a disputa do título. O piloto inglês que havia sido a decepção no ano anterior chegou ao GP da Espanha com apenas 7 pontos no campeonato. 
   A Williams reviu a altura do carro para que ficasse mais fácil de controlar. Com isso a equipe finalmente começou a vencer com Damon Hill na Espanha. Schumacher e a Benetton começaram a fazer uma estratégia de campeões, com corridas conservadoras. Mesmo chegando em 2º o piloto alemão ainda tinha quase 30 pontos de vantagem sobre Hill e a confiabilidade era o grande forte do carro.
6.GP do Canadá: Em 1994 a Ferrari finalmente voltou a ter um carro rápido o suficiente para vencer. A equipe tinha disparado a melhor aerodinâmica nos circuitos de rua, prova disso foi a superioridade da equipe italiana sobre a Williams na classificação para o GP do Canadá. Mas a Benetton e Michael Schumacher seguiam sendo os grandes destaques do ano. Schumacher conseguiu mais uma pole position e venceu sem dificuldades. 
De volta à Fórmula 1, Nigel Mansell já não era mais o mesmo
7.GP da França: A Williams precisava agir rápido para deter Schumacher no campeonato, chegaram a chamar Alain Prost de volta, mas o piloto se recusou. Sem saídas a escuderia apelou para Nigel Mansell, que não corria desde 1992. O inglês tentou se readaptar rapidamente, teve poucos dias de testes para isso, seu peso e seus reflexos não eram mais os mesmos. 
   No GP da França a Williams conseguiu colocar seus dois carros na primeira fila. Os circuitos de alta velocidade finalmente haviam chegado e nada, nem mesmo Michael Schumacher poderiam detê-los. Mas a equipe não contaria que nem Hill e nem Mansell estariam em condições de vencer na corrida. 
   Mansell largou em 2º e abandonou a corrida com problemas de câmbio, já Hill largou na pole, mas sem poupar pneus foi ultrapassado por Schumacher na parada de boxes. O alemão conseguiu a 6ª vitória em 7 corridas. 
8.GP da Inglaterra: Ao ver a fraca performance de Mansell no GP da França a equipe Williams decidiu deixa-lo de fora da briga pelo campeonato e contratou David Coulthard como substituto de Senna. Mas ainda cabia à Damon Hill o fardo de piloto da equipe a vencer Schumacher. Correndo em casa, na Inglaterra, Hill finalmente fez a festa ao largar na pole position, fazer a melhor volta e vencer a corrida.   
9.GP da Alemanha: A única corrida que contou com um pouco de público na temporada de 1994 foi o GP da Alemanha. O público local via Michael Schumacher como novo grande ídolo e compareceu em peso para o GP da Alemanha, mesmo com o piloto admitindo que a equipe não estava no nível da Williams. 
Em 1994, Ferrari e Gerhard Berger voltaram a vencer na Fórmula 1
   Mas na corrida nem a equipe Williams e nem Michael Schumacher dominaram. Assim como no Canadá a Ferrari conseguiu o melhor carro e colocou os seus dois pilotos na primeira fila. Na primeira volta 11 dos 26 pilotos do grid abandonaram, entre eles Jean Alesi que largava em 2º, um pouco mais tarde os pilotos da Williams teriam problemas e até o dono da casa Michael Schumacher abandonava a sua primeira corrida na temporada. 
   Sem adversários a vitória acabou ficando com Gerhard Berger e a Ferrari que voltavam a vencer na Fórmula 1. 
Debaixo de chuva Barrichello conquista sua primeira pole na Fórmula 1
10.GP da Hungria: Nos circuitos de baixa velocidade Michael Schumacher conseguia disputar a vitória de igual com os carros da Williams. Em Hungaroring eles tiveram um grande duelo na disputa pela pole, na qual o alemão levou a melhor. O circuito não favorecia ultrapassagens e os dois primeiros terminaram como começaram, com Schumacher vencendo a corrida e Damon Hill terminando em 2°.
11.GP da Bélgica: Na Bélgica houveram duas grandes surpresas. A primeira foi a pole position de Rubens Barrichello com o fraco carro da Jordan. Outra foi Michael Schumacher ser desclassificado depois de vencer a corrida por estar com o carro em altura não permitida. Como punição o piloto ficaria de fora das duas corridas seguintes. Damon Hill foi o vencedor.
12.GP da Itália: Sem Schumacher o GP de Monza foi dominado novamente pela equipe Ferrari. O pole Jean Alesi, porém, voltou a ter problemas e abandonar a corrida. Gerhard Berger foi ultrapassado por Damon Hill, que novamente venceu.

Sem campeões na pista, Schumacher foi o grande piloto de 1994

13.GP de Portugal: Williams e Ferrari dominavam as corridas finais da temporada de 1994. Em Portugal os dois carros da equipe vermelha abandonaram e nada pôde impedir a dobradinha da Williams, com Hill em 1º.
14.GP da Europa: Hill já havia diminuído a vantagem de Schumacher no campeonato para apenas 1 ponto. Mas bastou o alemão voltar às pistas para recuperar a tranquilidade no mundial. Sem dificuldades Schumacher fez a pole position e venceu de ponta a ponta o GP da Europa, aumentando a distância no campeonato para 5 pontos.
15.GP do Japão: Schumacher tinha o título de 1994 praticamente garantido e já poderia comemorar no GP do Japão. O piloto da Benetton largou na pole, mas ultrapassado por Damon Hill da Williams. A vitória do piloto inglês fez a vantagem de Schumacher no campeonato cair novamente para 1 ponto e colocar o título dele em xeque. 

Schumacher taca o carro em cima de Hill e garante título de 1994
16.GP da Austrália: De volta às pistas para a sua despedida definitiva na Williams, Nigel Mansell fez a pole position para o GP da Austrália. O piloto inglês também conquistou sua última vitória na categoria. Mas quem fez a festa foi Schumacher. Ao ser quase ameaçado por Damon Hill, o piloto alemão fechou como pôde e tirou o seu concorrente ao título da corrida. Com o abandono de Hill, Schumacher conseguiu o seu primeiro título na Fórmula 1 se tornando o primeiro campeão da "nova era".
Schumacher não teve adversários em 1995
1995 - O domínio da Benetton de Schumacher: A temporada de 1995 foi um reflexo do ano anterior. A Benetton não havia ganho o título de construtores em 1994, mas o título de Schumacher levou ao time muitos patrocinadores de peso. Com mais dinheiro a equipe conseguiu comprar os poderosos motores Renault que equipavam também os carros da Williams. A equipe inglesa também estava sem a suspensão ativa e tentava competir na aerodinâmica com a Benetton, o carro mal-nascido não se desenvolveu como esperado e nenhum piloto na pista pôde deter o campeão Michael Schumacher em busca de seu segundo título mundial.
Sem Senna no grid, Schumacher dominou o GP do Brasil
1.GP do Brasil: Com os motores Renault e a contratação de Johnny Herbert a Benetton já tinha carro suficiente para disputar o título de construtores com a Williams. Na primeira corrida da temporada ambas equipes dominaram a primeira fila do grid, com vantagem para a Williams de Damon Hill que saiu na pole position. Schumacher assumiu a liderança na largada, mas foi muito pressionado nas primeiras voltas por Hill, o piloto inglês assumiu a liderança depois da troca de pneus e reabastecimento, mas rodou na volta 30. Sem dificuldades Schumacher começou o ano vencendo. Destaque para o público brasileiro que mal compareceu em Interlagos e os que foram prestaram sua homenagem à Senna e para o "hans" suporte introduzido nos carros e sobre o capacete para proteção à cabeça e ao pescoço do piloto, os mecânicos também passavam a utilizar macacões a prova de fogo.
Com 2 vitórias em 3 corridas, Damon Hill assumiu a liderança do campeonato
2.GP da Argentina: A classificação para o GP da Argentina foi completamente dominada pela equipe Williams, dessa vez com David Coulthard na pole position. Com o abandono do piloto escocês a vitória ficou fácil para Damon Hill, em uma corrida que Schumacher teve atuação apagada.
3.GP de San Marino: Schumacher finalmente fez a pole position para o GP de San Marino. O piloto alemão era disparado o favorito para a vitória, mas abandonou na 10ª volta. Saindo da 4ª colocação, Damon Hill deu um show na estratégia de troca de pneus e venceu a corrida, assumindo a liderança no campeonato. 
4.GP da Espanha: Na Espanha, Schumacher se recuperou no campeonato, fez a pole position e venceu de ponta a ponta, Johnny Herbert completou a dobradinha da Benetton e Damon Hill terminou apenas em 4º. Essa corrida foi a última de Nigel Mansell na Fórmula 1, correndo agora na McLaren o piloto inglês queria disputar o título um última vez na categoria, porém o cockpit do carro era pequeno para o piloto que ficou fora das duas primeiras corridas e nem ao menos pontuou nas duas seguintes, o inglês resolveu encerrar a carreira de vez.
5.GP de Mônaco: Em Mônaco Hill e Schumacher disputaram a pole position e a vitória, o piloto alemão levou a melhor e conseguiu sua 3ª vitória no ano e já pintava como favorito ao título. 
6.GP do Canadá: Pela primeira vez na temporada nem Damon Hill e nem Michael Schumacher venciam a corrida. Ambos dominaram a primeira fila do grid, porém Hill abandonou e Schumacher terminou apenas em 5º. Bom para Jean Alesi que finalmente conquistava uma vitória na Fórmula 1 com a Ferrari, a única de sua carreira.
Schumacher e Hill se colidiram no GP da Inglaterra
7.GP da França: A fase europeia e os circuitos de alta velocidade começavam e muitos acreditavam no desenvolvimento da Williams. O que não ocorreu, na França ninguém pôde com Schumacher que vencia a 4ª corrida no ano e já abria mais de 10 pontos para Hill no campeonato.
8.GP da Inglaterra: Correndo em casa a Williams prometia dar o troco sobre a Benetton, mas a corrida não foi do jeito que se esperava. Hill fez a pole position, mas foi ultrapassado por Schumacher durante o pitstop e ao tentar recuperar a liderança o piloto alemão tacou o carro em cima de Hill. Ambos abandonaram a corrida. A vitória ficou com Johnny Herbert da Benetton, a sua primeira na carreira. 
9.GP da Alemanha: Os carros da Williams eram os mais rápidos na Alemanha, mas Damon Hill abandonou a corrida logo na 2ª volta e Schumacher resistiu ao ataque de David Coulthard, celebrando sua primeira vitória na Fórmula 1 no GP da Alemanha. O piloto alemão já abria 21 pontos de vantagem para Hill.
10.GP da Hungria: A equipe Williams finalmente voltou a vencer no GP da Hungria. A dupla marcou a primeira fila do grid e fez dobradinha na corrida com vitória de Damon Hill. Schumacher abandonou a corrida com problemas no carro e muitos ainda acreditavam que Hill poderia dar o troco no campeonato.
Na Bélgica Schumacher e Hill fizeram a maior disputa da temporada
11.GP da Bélgica: O GP da Bélgica foi dito por muitos como o mais emocionante da temporada. A chuva castigou o fim de semana inteiro em Spa Francorchamps e embaralhou o grid deixando os carros da Ferrari na primeira fila. Hill largou apenas em 8º e Schumacher apenas em 16º. Em pista seca foi questão de tempo para Hill assumir a liderança e nas voltas finais a chuva e a tática errada da Williams resolveram dar a vitória à Schumacher.
Coulthard venceu sua primeira corrida na Fórmula 1 no GP de Portugal
12.GP da Itália: A Ferrari há muito tempo não tinha um piloto campeão e resolveu contratar Schumacher para a temporada de 1996. O piloto alemão já tinha contrato assinado no GP da Itália e teve a torcida toda ao seu lado quando resolveu se chocar com Damon Hill, causando o abandono de ambos. A corrida foi vencida por Johnny Herbert e a Benetton já abria 20 pontos para a Williams no campeonato
13.GP de Portugal: Em Portugal a Williams tinha o melhor carro e fez a pole position com David Coulthard, a estratégia do time era deixar Damon Hill vencer a corrida. Mas Schumacher se posicionou entre os dois pilotos e impediu a troca de posições. Coulthard conquistou sua 1ª vitória na Fórmula 1 e Schumacher comemorava o 2º lugar na corrida.
Damon Hill fez um final de temporada desastroso
14.GP da Europa: Talvez a corrida que tenha dado o título à Schumacher foi o GP da Europa. A Williams formou a primeira fila do grid, porém Coulthard fez uma corrida fraca e terminou apenas em 3º, Hill era o favorito para vencer, mas abandonou a menos de 10 voltas do fim. Schumacher venceu a corrida e já abria 27 pontos para Hill no campeonato sendo que haviam 30 ainda em jogo.
15.GP do Pacífico: No GP do Pacífico, Michael Schumacher pôde finalmente dar o grito de bi-campeão mundial. Fazendo uma corrida conservadora o piloto da Benetton largou em 3º e venceu a corrida. Hill terminou em 3º e já estava matematicamente sem chances de alcançar Schumacher no campeonato.
16.GP do Japão: Com o título de pilotos ganho, faltava à Benetton conquistar o título de construtores e ele veio no GP do Japão. Na penúltima corrida da temporada, ambos pilotos da Williams abandonaram a corrida e a equipe Benetton somou 14 pontos com a vitória de Schumacher e o 3º lugar de Herbert. Foi a última vitória de Schumacher pela equipe Benetton.
17.GP da Austrália: Na última corrida do ano, Schumacher e Herbert se despediram da Benetton de uma forma meio desastrosa. Ambos abandonaram a corrida e a vitória ficou com Damon Hill da Williams. A dupla da Benetton em 1996 seria a da Ferrari, com Jean Alesi e Gerhard Berger. Schumacher estava indo para a Ferrari que já visava voltar a disputar um título em breve e Herbert ia para a Sauber. Também foi a despedida de Coulthard da Williams, que ia para a McLaren e das equipes Simtek e Pacific. Lotus, Larrousse e Brabham já haviam abandonado a categoria que agora contaria com apenas 11 equipes nas temporadas seguintes.
Hill finalmente conquistou o título de pilotos em 1996
1996 - O troco da Williams: A temporada de 1996 foi para muitos uma repetição da temporada de 1992. Depois de perder o título de 1995 a Williams se armou em tal nível que não teve adversários para a temporada seguinte. A Benetton perdia o grande estrategista Ross Brawn e o melhor piloto da época para a Ferrari que mesmo assim ainda não tinha carro para disputar o título. A McLaren estreava os motores Mercedes, mas ainda tinha um carro mediano. Com isso nada pôde deter a equipe Williams, e Damon Hill em sua 4ª e última temporada na escuderia conquistou finalmente o título de pilotos.   
1.GP da Austrália: O GP da Austrália passava a ser disputado em Albert Park, Melbourne, o novo circuito ganhou o respeito dos pilotos e dos fãs da categoria. Com apenas 20 carros no grid, a corrida de estreia foi marcada pelo domínio dos carros da Williams que formaram a primeira fila e fizeram a dobradinha com Damon Hill em primeiro. Estreantes em suas equipes Jacques Villeneuve foi destaque na Williams ao fazer a pole position e Eddie Irvine chamou a atenção na Ferrari ao largar na frente de Schumacher e subir no pódio. Decepção para a equipe Benetton que marcou apenas 3 pontos com o 4º lugar de Gerhard Berger.
Rubens Barrichello levantou a torcida em Interlagos
2.GP do Brasil: A torcida brasileira ainda tímida em Interlagos quase fez a festa com Rubens Barrichello, o piloto da Jordan foi o grande destaque da classificação ao largar em 2º. Na corrida ele disputou o pódio com Schumacher em um duelo que deixou a torcida em pé, mas acabou perdendo ao rodar na pista e o piloto alemão ficou com o 3º lugar. Tanto os treinos como a corrida foram dominados por Damon Hill.
3.GP da Argentina: Pela primeira vez na Ferrari, Schumacher brigou pela pole position no GP da Argentina, mas acabou perdendo para Damon Hill. Na corrida Schumacher abandonou com problemas nos freios e nada pôde impedir a dobradinha da Williams. Novamente com Hill em primeiro, o piloto inglês já apontava como o único candidato ao título. Com apenas 4 pontos em 3 corridas Schumacher e a Ferrari deixaram claro o que muitos esperavam, que não iriam disputar o campeonato naquele ano.
Após resistir ao ataque de Schumacher, Villeneuve conseguiu sua 1ª vitória na Fórmula 1
4.GP da Europa: Na primeira corrida da fase europeia Damon Hill finalmente foi superado. Com problemas nos pneus o piloto inglês teve que fazer uma parada extra nos boxes e voltou preso atrás de seu ex-companheiro de equipe, David Coulthard, agora na McLaren, sem conseguir passar ele ficou fora do pódio. Largando em 2º, Villeneuve derrotou Schumacher na pista e conseguiu sua primeira vitória na Fórmula 1.
5.GP de San Marino: Em San Marino Schumacher conquistou sua primeira pole correndo pela Ferrari. O piloto alemão sabia não podia com os carros da Williams, mas o 2º lugar na corrida foi de bom tamanho, novamente vencida por Damon Hill.
Com pista molhada Panis conquistou sua única vitória na Fórmula 1
Em sua sétima corrida na Ferrari, Schumacher finalmente venceu com o carro vermelho
6.GP de Mônaco: Uma das corridas mais confusas da Fórmula 1 foi o Grande Prêmio de Mônaco de 1996. Cada vez mais adaptado ao carro da Ferrari, Michael Schumacher voltou a largar na pole position, mas em pista molhada acabou abandonando na primeira volta da corrida. As Williams também abandonaram a corrida que terminou no limite de tempo, apenas 4 pilotos completaram a prova e o vencedor foi o francês Oliver Panis da Ligier, conquistando sua única vitória na Fórmula 1.
7.GP da Espanha: O GP da Espanha foi outra corrida com forte chuva e com o abandono de Damon Hill, Michael Schumacher finalmente conquistou sua primeira vitória na Ferrari. 
8.GP do Canadá: Em pista seca a Williams voltou a dominar e fez a dobradinha no GP do Canadá, com Damon conquistando sua 5ª vitória na temporada.
9.GP da França: Damon Hill encerrava a primeira metade da temporada com 5 vitórias e 21 pontos de vantagem para o 2º colocado no campeonato Jacques Villeneuve. Era questão de tempo para se tornar campeão, mas na classificação quem andava bem era Schumacher, que fez outra pole position para o GP da França. O piloto alemão teve problemas de motor e abandonou ainda na primeira volta. A Williams voltou a fazer dobradinha com Hill em primeiro.
10.GP da Inglaterra: Hill era o favorito para vencer o GP da Inglaterra e vinha dominando todo o fim de semana. O piloto inglês só não contava com a quebra do carro antes da metade da corrida. Sem adversários, Villeneuve conquistou sua 2ª vitória na temporada.
Damon Hill dominou a temporada de 1996
11.GP da Alemanha: Na Alemanha ninguém pôde com Damon Hill, o piloto inglês fez a pole position, melhor volta e venceu a corrida de ponta a ponta. Correndo em casa Schumacher foi apenas o 4º para desânimo do público local.
12.GP da Hungria: Os circuitos de baixa velocidade eram os únicos que Schumacher conseguia disputar com as primeiras posições com os pilotos da Williams. O alemão fez a pole no GP da Hungria, mas a Ferrari ainda não tinha um equipamento confiável e o piloto alemão abandonou a 7 voltas do fim. A Williams voltou a fazer a dobradinha, dessa vez Damon Hill permitiu a vitória de Jacques Villeneuve.
13.GP da Bélgica: Em seu circuito favorito, Schumacher contou com uma pequena ajuda da chuva e a tática errada da equipe Williams para voltar a vencer na temporada de 1996.
A dupla da Williams e Schumacher foram os destaques de 1996
14.GP da Itália: O fato da Ferrari voltar a ter um piloto campeão fez os torcedores lotarem as arquibancadas em Monza. Schumacher atendeu aos pedidos do público e venceu a corrida mesmo sem ter o melhor carro. A Williams já era matematicamente campeã de construtores e a disputa pelo título naquele ano estaria entre seus pilotos. O time começou a desenvolver o carro para o ano seguinte e pouco se importou com a corrida na Itália. Resultado, Damon Hill abandonou com 5 voltas de corrida e Villeneuve terminou uma volta atrás do vencedor. Michael Schumacher levou o público ao delírio com a vitória.
15.GP de Portugal: Hill tinha tudo para conquistar o título no GP de Portugal, mas quem fez a festa foi Jacques Villeneuve que vinha sendo destaque em sua temporada de estreia. O piloto canadense fez a melhor volta da corrida e conquistou sua 4ª vitória na temporada. Hill terminou em 2º e precisaria marcar apenas 1 ponto na última corrida para se tornar campeão mundial.
16.GP do Japão: O Grande Prêmio do Japão marcou a despedida de Damon Hill da Williams, justamente na corrida em que o piloto comemorava o título de campeão mundial. Novamente a Williams iria correr o ano seguinte sem o carro de número 1 que agora seria da equipe Arrows. Na despedida Damon Hill se aproveitou do abandono de Villeneuve e venceu a corrida, conquistando a sua 8ª vitória na temporada.
Com o melhor carro Villeneuve levou o título de 1997
1997 - Williams contra Schumacher: Muitos esperavam que a Arrows cresceria com a entrada de Damon Hill, assim como fez a Ferrari com a entrada de Schumacher, mas os primeiros testes para a temporada de 1997 logo deixaram claro que a equipe seguiria no nível dos times intermediários. A Williams ainda era disparada a melhor equipe, agora com Jacques Villeneuve como primeiro piloto e o alemão Heinz-Harald Frentzen estreando na equipe. Michael Schumacher era o único adversário a altura, agora com a Ferrari mais forte, Benetton e McLaren tinham carro para vencer, mas que não chegavam nem perto das Williams. Resultado, foi uma temporada muita disputada e que terminou de forma polêmica.
1.GP da Austrália: Na temporada de 1997 todos os carros possuíam o bico levantado em relação à asa dianteira. A equipe Benetton que havia estreado o formato "tubarão" na categoria já não tinha mais tanta vantagem sobre as demais equipes. A classificação viu David Coulthard e Michael Schumacher muito fortes na briga pela pole position, mas foi só os carros da Williams irem para a pista que logo assumiram a primeira fila do grid com Villeneuve em 1º. Estreando na Arrows, Damon Hill nem ao menos largou na corrida e já mostrada total arrependimento pela escolha da vaga.
Com visual novo a McLaren foi o destaque da primeira corrida da temporada
   Os pilotos da Williams eram os favoritos para a vitória, mas uma leve chuva antes da corrida foi o suficiente para tirar Jacques Villeneuve da prova logo na primeira curva. Sem o canadense, Frentzen era o favorito para a vitória, mas também abandonou com problemas nos freios. A vitória ficou entre Coulthard e Schumacher, o piloto escocês levou a melhor e venceu a corrida. A McLaren voltava a vencer depois de mais de 3 temporadas sem subir no alto do pódio. 
   A corrida também marcou o retorno de Prost à Fórmula 1, agora como dono da Ligier que recebia o nome de "Prost", a equipe seguia no bloco intermediário. Jackie Stewart também abria a sua própria equipe na Fórmula 1, com o seu nome.
Villeneuve e Williams foram os destaques no inicio da temporada de 1997
2.GP do Brasil: O fato dos 5 primeiros colocados no grid de largada para o GP do Brasil serem de equipes diferentes mostrava o quanto seria disputado o campeonato de 1997. Em boas condições Villeneuve deixou claro que era o homem a ser batido na temporada. Fez a pole position, melhor volta e venceu a corrida de ponta a ponta. A equipe McLaren não foi tão bem e o seu piloto melhor colocado foi Mika Hakkinen com a 4ª posição.
3.GP da Argentina: Villeneuve voltou a dominar o GP da Argentina. Coulthard e Schumacher colidiram na 1ª volta, Frentzen abandonou na volta 5 e nada pôde impedir a vitória de Villeneuve que já assumia a liderança do campeonato isolado. 
Frentzen supera as Ferraris e vence em San Marino
4.GP de San Marino: Muitos acreditavam que Schumacher reagiria no campeonato no GP de San Marino, onde a torcida italiana compareceu em peso. A torcida vibrou com o abandono de Villeneuve com problemas no câmbio. Schumacher foi pra cima de Frentzen, mas não conseguiu impedir a vitória de seu compatriota.
Rubens Barrichello foi um dos destaques no GP de Mônaco
5.GP de Mônaco: Todas as corridas em Mônaco que tiveram a presença da chuva terminaram com zebra, e em 1997 não foi diferente. Com má fama no circuito Villeneuve ficou fora da primeira fila no grid de largada. Motivado com a vitória na corrida anterior, Frentzen superou Schumacher e fez a pole position. O piloto alemão e a equipe Williams eram os favoritos para a vitória, mas foram surpreendidos pela chuva. Schumacher assumiu a liderança na largada e conseguiu sua primeira vitória na temporada. Andando bem na chuva, Rubens Barrichello e os pilotos da Jordan chegaram a impressionar com bom ritmo, mas nem ao menos ameaçaram o piloto alemão.
6.GP da Espanha: No GP da Espanha, Villeneuve e Williams voltaram a dominar. Com problemas na classificação Schumacher terminou a corrida apenas em 4º. 
7.GP do Canadá: Consciente de que estaria fora da disputa pelo título se não evoluísse a Ferrari desenvolveu o carro aerodinamicamente para os circuitos de alta velocidade. A nova aerodinâmica que ficaria pronta no GP da França foi antecipada para o GP do Canadá apenas no carro de Schumacher. O alemão fez a pole position e venceu a corrida de ponta a ponta. 
A confiabilidade do carro da Ferrari e a técnica de Michael Schumacher quase tiraram o título da Williams
8.GP da França: Na França, Schumacher repetiu o domínio do GP do Canadá, com pole position e vitória. A equipe Williams já começava a ficar assustada com o rendimento do piloto alemão.
Em 1997 Berger conseguiu sua última vitória na Fórmula 1
9.GP da Inglaterra: Michael Schumacher e o circuito de Silverstone realmente não se dão bem. O piloto alemão vinha embalado com duas vitórias seguidas e a liderança no campeonato quando foi surpreendido no circuito inglês por problemas em sua Ferrari tanto na classificação quanto na corrida. Sem adversários Villeneuve venceu a corrida. 
10.GP da Alemanha: Depois de sofrer um forte acidente e ficar fora de 3 corridas na temporada. Gerhard Berger retornou no GP da Alemanha e impressionou todos com a pole position, melhor volta e vitória, deixando o público de boca aberta. O piloto austríaco, porém anunciou no fim da corrida que abandonaria a carreira no fim do campeonato. 
Damon Hill quase levou a Arrows à vitória no GP do Hungria
11.GP da Hungria: Schumacher e Villeneuve disputavam a vitória no GP da Hungria quando foram surpreendidos por Damon Hill e Johnny Herbert. O atual campeão mundial largou em 3º e não parou para reabastecer o carro, Herbert seguiu a mesma estratégia e ambos subiram no pódio. Schumacher ainda disputou a 4ª posição com seu irmão Ralf Schumacher e levou a melhor. Villeneuve não teve dó de seu ex companheiro de equipe que economizava combustível para a terminar a corrida e ultrapassou de forma cruel na última volta. A vitória fez o piloto canadense se aproximar de Schumacher no campeonato mundial.
12.GP da Bélgica: Villeneuve talvez ainda fosse muito novo para disputar um título de Fórmula 1. O piloto canadense ainda fazia sua 2ª temporada na categoria quando se tornou o primeiro piloto da equipe Williams. Impaciente nas corridas e desastrado nas estratégias ele parecia estar jogando um título da Williams fora. Na Bélgica largou na pole, mas terminou apenas em 5º e a Ferrari voltou a fazer a festa com Schumacher.
13.GP da Itália: A temporada de 1997 começava a trazer de volta o público para a Fórmula 1. Ferrari e McLaren voltavam a vencer e a torcida já somava ídolos como Hill, Schumacher e Villeneuve e a corrida em Monza teve grande público. A maior parte torcendo pelas Ferraris, em especial por Michael Schumacher. 
   A corrida foi um verdadeiro espetáculo, não tanto por conta das Ferraris que com problemas de acerto largaram apenas na 5ª fila do grid e somaram apenas 1 ponto na corrida. Mas pela disputa entre McLaren, Benetton, Williams e Jordan. Quem levou a melhor foi David Coulthard que venceu a corrida.
14.GP da Áustria: No GP da Áustria a Ferrari errou novamente no acerto do carro. Schumacher largou apenas em 9º e repetiu a 6ª posição da corrida anterior. Com a vitória Jacques Villeneuve chegava a ficar a apenas 1 ponto do piloto alemão no campeonato.
15.GP de Luxemburgo: A temporada chegou na 15ª corrida ainda sem ter um piloto favorito ao título. Schumacher tinha 68 pontos e Villeneuve 67, ambos vinham de altos e baixos no campeonato e nas duas corridas seguintes pouca coisa mudou. No primeiro GP de Luxemburgo Schumacher abandonou logo no início da corrida e nada pôde deter a vitória de Villeneuve, que saiu da corrida como líder do campeonato.
Dando uma de "Dig Vigarista" Schumacher foi desclassificado no campeonato de 1997
16.GP do Japão: No GP do Japão foi a vez de Michael Schumacher dar o troco e recuperar a liderança no mundial. O Grande Prêmio viu um show de Eddie Irvine e a desclassificação de Jacques Villeneuve no fim da corrida.
17.GP da Europa: Schumacher chegava à última corrida da temporada de 1997 de forma semelhante como ocorrerá em 1994. Tinha apenas 1 ponto de vantagem para o vice-líder do campeonato e não possuía o melhor carro. Em caso de abandonos ele seria campeão. Ao ver o canadense tentando assumir a ponta depois do primeiro pitstop Schumacher fez como havia feito três anos antes com Damon Hill e tacou o carro em cima do piloto canadense. O alemão foi parar na brita e Villeneuve seguiu na corrida. Para poupar equipamento no final da corrida, Villeneuve permitiu a ultrapassagem dos carros da McLaren e comemorou o título com o 3º lugar na corrida. Depois da corrida a equipe Williams pediu a desclassificação de Michael Schumacher do campeonato por atitude anti-esportiva, o pedido foi atendido e Frentzen foi o vice-campeão.
Hakkinen e McLaren surpreenderam a temporada de 1998
1998 - O retorno da McLaren ao topo: A Renault deixou de produzir motores para as equipes da Fórmula 1 em 1998. Com isso Williams e Benetton deixaram drasticamente e Schumacher passava a ser disparado o favorito para conquistar o campeonato. O alemão e a equipe Ferrari acabaram sendo surpreendidos pela McLaren e os pneus bridgestones. Depois de ganhar sua primeira corrida no último GP da temporada de 1997, Mika Hakkinen impressionou a todos com um título inesperado. Villeneuve e Hill, atuais campeões não tiveram a mínima chance de título, e o único concorrente acabou sendo novamente Michael Schumacher.  
A equipe McLaren dominou as duas primeiras corridas de 1998
1.GP da Austrália: No GP da Austrália, a primeira corrida da temporada de 1998 ocorreu uma "covardia" da equipe McLaren em relação às demais equipes. Estreando os pneus bridgestones Hakkinen e Coulthard dominaram todos os treinos, formaram a primeira fila do grid e fizeram dobradinha com Mika Hakkinen na frente. O piloto mais próximo foi Frentzen com a Williams, que terminou em 3º e levou uma volta de ambos pilotos. Villeneuve e Schumacher largaram na 2ª fila e fizeram uma corrida apagada. O piloto da Ferrari abandonou a corrida na volta 5 e o atual campeão foi apenas o 5º na corrida. Estreando na Jordan Damon Hill nem ao menos pontuou.
2.GP do Brasil: A McLaren confirmou o seu domínio e voltou a formar a primeira fila e fazer dobradinha no GP do Brasil. Hakkinen fez a pole, melhor volta e venceu a corrida. Os pilotos de Benetton, Ferrari e Williams disputaram o 3º lugar no pódio, no qual Schumacher acabou levando a melhor e comemorou como se tivesse vencido a corrida.
3.GP da Argentina: Os carros da McLaren eram por volta mais de 1 segundo mais rápido do que os adversários. Era necessário fazer algo para a dupla prateada. No GP da Argentina finalmente a Ferrari estreou o carro da temporada de 1998 e estava no nível do carro da McLaren. Mesmo largando em 2º, Schumacher superou David Coulthard na volta 4, em uma ultrapassagem polêmica. O alemão não foi penalizado e venceu a corrida. Hakkinen terminou em 2º e Coulthard foi apenas o 6º.
Assim como em 1996 e 1997 Schumacher era o único piloto páreo para a dupla de pilotos da equipe dominante
4.GP de San Marino: Correndo em casa a Ferrari tentou, mas não conseguiu segurar os carros da McLaren que formaram a primeira fila do grid. Hakkinen abandonou e a vitória ficou com David Coulthard, pela 2ª vez seguida em San Marino os pilotos da Ferrari terminavam a corrida em 2º e 3º.
5.GP da Espanha: Mais uma corrida que deixou claro o domínio dos carros da McLaren. Em especial com Mika Hakkinen dominando, o piloto finlandês foi pole, fez a melhor volta e venceu a corrida com quase 50 segundos de vantagem para Schumacher, o 3º colocado.
Campeões em 1997, Villeneuve e Williams se estranharam em 1998
6.GP de Mônaco: Hakkinen dominou também o Grande Prêmio de Mônaco, onde Coulthard e Schumacher abandonaram. O piloto finlandês já chegava à 46 pontos no campeonato, quase o dobro de Michael Schumacher. Ao ver o fraco ritmo da equipe Williams, Villeneuve resolveu pedir demissão da equipe, por contrato o piloto deveria correr até a última corrida do ano.
7.GP do Canadá: O GP do Canadá foi um dos mais emocionantes da temporada de 1998. Favorito à vitória Hakkinen teve problemas na primeira volta. Coulthard também abandonou a corrida que teve vários acidentes nas duas largadas. Sem os carros da McLaren, Schumacher tacou Frentzen fora da pista quando voltava dos boxes. O piloto alemão foi penalizado com "stop and go", mas se recuperou na corrida e conquistou sua 2ª vitória na temporada.
O GP do Canadá teve grandes acidentes
8.GP da França: Nos circuitos de asfaltos quente as McLarens perdiam a grande vantagem dos pneus. Prova disso foi o GP da França que foi dominado pelos carros da Ferrari, Schumacher venceu a corrida e Eddie Irvine fazendo papel de escudeiro do piloto alemão terminou em 2º, com Hakkinen em 3º.
9.GP da Inglaterra: A recuperação de Schumacher no campeonato se confirmou no GP da Inglaterra. Com a ajuda da chuva o piloto alemão venceu a corrida, Hakkinen terminou em 2º e já via o piloto alemão como ameaça no campeonato.
10.GP da Áustria: Com chuva nos treinos para o GP da Áustria a classificação acabou ficando embaralhada. A dupla que brigava pelo título largou na 2ª fila do grid. Largando em 3º, Hakkinen assumiu a liderança logo na primeira curva e mais a frente Schumacher já estava em 2º. Os dois disputaram a liderança nas primeiras voltas e Hakkinen levou a melhor e venceu a corrida. Schumacher terminou em 3º.
11.GP da Alemanha: Na Alemanha a torcida se dividia entre a McLaren que possuía os motores Mercedes e a Ferrari que tinha Michael Schumacher como primeiro piloto. Na corrida a equipe inglesa conseguiu a melhor tática, formou a primeira fila do grid e conquistou a 5ª dobradinha na temporada. A Ferrari marcou apenas 2 pontos com o 5º lugar de Michael Schumacher.
O GP da Bélgica viu o maior acidente da Fórmula 1
12.GP da Hungria: O campeonato voltava a ficar ameaçado pro lado de Michael Schumacher, mas o alemão conseguiu dar o troco no GP da Hungria. Outra pista de temperaturas altas, onde a McLaren não reinava tanto. Schumacher venceu a corrida e Hakkinen foi apenas o 6º.
13.GP da Bélgica: A corrida da Bélgica foi uma das mais dramáticas da categoria. Primeiro pelo maior acidente da história da Fórmula 1, envolvendo 14 carros na primeira largada. A corrida foi paralisada e na largada seguinte um novo acidente tirou Mika Hakkinen da pista. O piloto finlandês reclamou ter sido tocado por Schumacher e pediu punição ao piloto alemão. A punição não veio e a equipe McLaren resolveu fazer ela mesma justiça. Sem chances de vitória na pista molhada David Coulthard fechou Michael Schumacher quando esse tentava colocar 1 volta no piloto escocês. Fora da corrida o piloto alemão chegou a invadir o boxe da McLaren afim de briga. Caso vencesse a corrida o piloto da Ferrari assumiria a liderança no campeonato. 
Coulthard tira a vitória de Schumacher no GP da Bélgica.
   Sem os principais pilotos do campeonato na corrida os carros da Jordan foram o grande destaque. Damon Hill liderou a dobradinha e conseguiu sua última vitória na Fórmula 1, Ralf Schumacher completou a dobradinha.

14.GP da Itália: Mais do que nunca a torcida italiana lotou as arquibancadas em Monza. Schumacher e a Ferrari atenderam o pedido da torcida. O piloto alemão largou na pole position, a primeira dele na temporada e venceu a corrida de ponta a ponta. Hakkinen largou em 3º e com a 4ª colocação na corrida acabou empatando com Schumacher no campeonato
15.GP de Luxemburgo: Com Schumacher e Hakkinen empatados no campeonato as duas últimas corridas prometiam grandes disputas entre os dois pilotos. Depois de começar o ano atrás da McLaren, a Ferrari já tinha o melhor carro nas últimas corridas e formou a primeira fila do grid em Nurburgring. A tática da equipe italiana era simples, enquanto Schumacher disparava na liderança, Eddie Irvine segurava Mika Hakkinen. A tática deu certo até a volta 23, quando Hakkinen fez a ultrapassagem no piloto britânico. Na troca de pneus e reabastecimento o piloto finlandês passou Schumacher e venceu a corrida chegando ao último GP como líder do campeonato.
Problemas na largada e pneu furado na corrida tiraram Schumacher do GP do Japão
16.GP do Japão: O Grande Prêmio do Japão de 1998 marcava várias despedidas da Fórmula1. A despedida da equipe Tyrrell que já havia conquistado títulos, a despedida dos pneus goodyear da categoria e de Jacques Villeneuve da equipe Williams. Mas o que mais marcava a corrida era a disputa pelo título. Schumacher disputava o título pela segunda vez com a Ferrari e tinha dessa vez como adversário a McLaren de Hakkinen.
   A disputa ocorreu durante todos os treinos livres e a classificação, na qual Schumacher levou a melhor e ficou com a pole position. Antes da largada muitos pilotos tiveram problemas, entre eles o bi-campeão do mundo que acabou largando em último. Schumacher vinha fazendo uma boa corrida de recuperação, mas acabou tendo um pneu estourado e abandonou a corrida. Depois de sete temporadas a McLaren voltou a comemorar o título de pilotos e construtores. Para comemorar, Mika Hakkinen liderou a corrida inteira e venceu com tranquilidade.

A ideia da BAR de ter dois carros diferentes foi destaque na pré-temporada
1999 - O bi de Hakkinen: A Ferrari passaria a ter pneus bridgestones na temporada de 1999 e com isso Schumacher era disparado o favorito ao título em 1999. Mas um forte acidente acabaria com os planos do piloto ser campeão naquele ano. A Ferrari não outra possibilidade a não ser investir tudo em Eddie Irvine que estava se despedindo da equipe italiana. Mas o piloto da Ferrari acabou deixando o título escapar, que ficou novamente com Mika Hakkinen. Pelo menos a Ferrari voltou a comemorar o título de construtores, algo que não ocorria desde 1983.
   Entre as demais equipes destaques para Stewart e Jordan que chegaram a vencer. Williams e Benetton decaiam ainda mais e já nem brigavam mais por vitória. Villeneuve fundou a polêmica BAR e Damon Hill se despediu da categoria.
Zebra no GP da Austrália Irvine conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1
1.GP da Austrália: A primeira corrida da temporada já teve muita disputa e surpresas. Com bons aspectos em Albert Park, a equipe McLaren conseguiu colocar os seus dois carros na primeira fila, porém ambos pilotos abandonaram a corrida. Schumacher teve problemas de pneu e Rubens Barrichello largou dos boxes. A corrida ficou entre Irvine da Ferrari e Frentzen, agora na Jordan. O piloto da Ferrari levou a melhor e por 1 segundo de vantagem conseguiu a sua primeira vitória na Fórmula 1.
Barrichello fez a festa da torcida brasileira em Interlagos, mas abandonou com problemas
2.GP do Brasil: O GP do Brasil viu fortes disputas entre os pilotos da McLaren, o piloto da casa Rubens Barrichello e o bi-campeão mundial Michael Schumacher. Coulthard abandonou com problemas de câmbio. Rubens Barrichello abandonou com problemas de motor e na disputa entre Hakkinen e Schumacher, o piloto finlandês conseguiu a vitória por menos de 5 segundos de vantagem para Schumacher.
3.GP da San Marino: Depois de 15 anos a Ferrari finamente conseguiu comemorar uma vitória em San Marino. As McLarens saíram na primeira fila do grid, Hakkinen abandonou e Coulthard foi superado por Schumacher que comemorou sua primeira vitória na temporada e fez a festa junto a torcida italiana.
4.GP de Mônaco: Em Mônaco deixou claro que tinha o melhor carro da temporada. No circuito de rua a equipe italiana conquistou a 3ª vitória em 4 corridas e logo com dobradinha. A equipe tinha os seus dois pilotos na liderança do campeonato.
5.GP da Espanha: Tudo indicava que Schumacher estava finalmente indo rumo ao seu primeiro título como piloto da Ferrari. Mas a partir do GP da Espanha as coisas começaram a andar para trás pro piloto alemão. A McLaren conseguiu a melhor aerodinâmica em Barcelona e deu o troco na Ferrari com a dobradinha e Mika Hakkinen em 1º.
Marcado por vários acidentes o GP do Canadá deu a liderança do campeonato à Hakkinen  
6.GP de Canadá: Schumacher tinha tudo para vencer em Montreal, mas acabou batendo na entrada da reta dos boxes. O GP do Canadá novamente teve vários acidentes e para temor de Schumacher, Mika Hakkinen foi o vencedor da corrida e assumiu a liderança do campeonato.
7.GP do França: O GP da França foi marcado por uma forte chuva e novas surpresas na corrida. No início da prova Rubens Barrichello e Michael Schumacher fizeram uma bela disputa pela liderança, no fim ambos erraram na estratégia de pneus, que deu a vitória à Frentzen da Jordan. Hakkinen comemorou o 2º lugar.
Batida em Silverstone tirou Schumacher da disputa pelo título em 1999
8.GP da Inglaterra: Na Inglaterra a má fase de Schumacher o levou à sua pior batida na categoria. Depois de perder posições na largada o piloto acabou colidindo a mais de 300 km/h no muro e como consequência quebrou uma das pernas. A vitória esteve nas mãos de Mika Hakkinen que teve pane-seca na volta 35. Coulthard e Irvine disputaram a vitória e o piloto da McLaren levou a melhor.
9.GP da Áustria: A Ferrari chegou ao GP da Áustria com um grande problema. Com a batida no GP da Inglaterra, Schumacher ficaria fora de seis corridas durante a temporada e já estava sem chances de disputar o título. Cabia à equipe apostar suas fichas em Eddie Irvine. O piloto da Ferrari venceu o duelo com Coulthard e venceu a corrida na Áustria. Mika Salo fazia a sua estreia na equipe e decepcionará ao terminar a corrida em 9º.
10.GP da Alemanha: Na Alemanha Irvine superou a dupla da McLaren e os pilotos da casa Frentzen e Ralf Schumacher e conseguiu a 3ª vitória na temporada, com o abandono de Hakkinen, o piloto da Ferrari assumiu a liderança no campeonato e o 2º lugar de Salo na corrida fazia a equipe italiana abrir larga vantagem para a McLaren no campeonato.
Em sua 2ª passagem pela Fórmula 1 Zanardi foi a decepção da temporada de 1999
11.GP da Hungria: Hakkinen e a McLaren tentaram se recuperar no GP da Hungria. Hakkinen fez a pole position e voltou a vencer de ponta a ponta, Irvine brigou pela pole, mas largou em 2º e terminou a corrida em 3º. Depois da corrida Alessandro Zanardi da Williams decidiu encerrar a carreira de vez da Fórmula 1, o piloto italiano fazia a sua 2ª passagem pela categoria e apesar dos títulos nos Estados Unidos, acabou não tendo sucesso na Fórmula 1. 
12.GP da Bélgica: 1 ano depois de se comprometer na categoria a favor de sua equipe, David Coulthard se redimiu consigo mesmo e não seguiu o pedido da equipe de deixar Hakkinen passar no final da corrida. O piloto escocês venceu o GP e causou polêmica novamente ao dizer que a equipe pediu para ele deixar Hakkinen passar e o piloto se recusou. Mesmo com o 2º lugar Hakkinen assumia mais uma vez a liderança no campeonato.
13.GP da Itália: O GP da Itália viu uma dobradinha inesperada. Coadjuvantes desde 1997 Frentzen e Ralf Schumacher formaram uma bela dupla alemã em Monza. Com uma vantagem pequena Frentzen conquistou sua 2ª vitória na temporada em uma corrida em que Ferrari e McLaren decepcionaram.
Talvez a maior zebra da temporada tenha sido a vitória de Herbert no GP da Europa
14.GP da Europa: Outra corrida marcada por surpresas foi o GP da Europa. Vários pilotos chegaram a liderar a corrida, entre eles apenas Johnny Herbert da Stewart não abandonou ou teve problemas e venceu a corrida. A equipe já havia sido vendida para e teria o nome de Jaguar a partir do ano seguinte e conquistou sua única vitória na Fórmula 1, a última de Herbert.
15.GP da Malásia: O GP da Malásia contou com o retorno de Schumacher à Fórmula 1. O piloto alemão já não disputava mais o título, mas contribuiu com a equipe como pôde. Deixando a vitória fácil para Irvine no final da corrida e com o 2º lugar tirando 2 pontos de Hakkinen no campeonato. Irvine ia para a última corrida da temporada com 4 pontos de vantagem para Hakkinen.
Problemas com os pilotos da Ferrari deram o bi-campeonato à Mika Hakkinen
16.GP do Japão: O GP do Japão talvez nunca tenha visto celebrações tão monótonas na Fórmula 1. Eddie Irvine conseguiu deixar o título escapar na última corrida. O piloto terminou na 3ª posição e por dois pontos não foi campeão mundial. Mika Hakkinen venceu e contou com a cruel ajuda de Schumacher para completar o título. O piloto alemão poderia ter jogado o carro em cima do finlandês, mas como Irvine deixaria a Ferrari no fim da temporada a equipe não se preocupou em dar a ordem e se concentrou mais no título de construtores que conquistava depois de 16 anos. 
   A McLaren por outro lado perdia o título de construtores e a comemoração do bi-campeonato de Hakkinen poderia ser mais feliz




3 comentários:

O rapaz dos quadrinhos disse...

Tenho uma grande duvida.

Em uma disputa de corrida, hakkinen ultrapassa shumacher e enquanto faz isso mostra o dedo do meio para o alemao, em qual corrida foi isso?

Nao lembro se foi no final dos 90s ou cemço dos 2000

Unknown disse...

Primeiro, parabéns pelo texto, MUITO BOM, EXCELENTE.
Mas vamos ás críticas, construtivas, é claro.
Primeiro, vale revisão do texto, existem erros de português, não somos perfeitos mas, em algumas passagens, faltam palavras. Não que comprometa o entendimento, mas, vale o aviso.
Segunda crítica, é em relação as modificações existentes nos carros, ano a ano... é difícil reunir todas as informações em um texto que, por ser grande e cansativo de ler para muitos, já será evitado, mas se pensarmos que os verdadeiros interessados irão ler, vale a pena marcar as modificações nos carros, segurança e outros detalhes ao longo dos anos.
Terceiro, e não como uma crítica mas sim como aviso...
http://4.bp.blogspot.com/-g2RNgsBRXYQ/UAW9LVVxeaI/AAAAAAAACIA/NKlT6OjPfxU/s1600/5064.jpeg
esta imagem aparece nos anos de 96 e 97, repetidamente... nada que possa comprometer algo...
Mas volto a dizer, parabéns pelo texto, está ótimo, levei horas pra ler mas valeu a pena cada segundo gasto relembrando as grandes vitórias de Senna, as boas brigas de Schumacher e os dois titulos do grande Hakkinen.
Parabéns!

Unknown disse...

Primeiro, parabéns pelo texto, MUITO BOM, EXCELENTE.
Mas vamos ás críticas, construtivas, é claro.
Primeiro, vale revisão do texto, existem erros de português, não somos perfeitos mas, em algumas passagens, faltam palavras. Não que comprometa o entendimento, mas, vale o aviso.
Segunda crítica, é em relação as modificações existentes nos carros, ano a ano... é difícil reunir todas as informações em um texto que, por ser grande e cansativo de ler para muitos, já será evitado, mas se pensarmos que os verdadeiros interessados irão ler, vale a pena marcar as modificações nos carros, segurança e outros detalhes ao longo dos anos.
Terceiro, e não como uma crítica mas sim como aviso...
http://4.bp.blogspot.com/-g2RNgsBRXYQ/UAW9LVVxeaI/AAAAAAAACIA/NKlT6OjPfxU/s1600/5064.jpeg
esta imagem aparece nos anos de 96 e 97, repetidamente... nada que possa comprometer algo...
Mas volto a dizer, parabéns pelo texto, está ótimo, levei horas pra ler mas valeu a pena cada segundo gasto relembrando as grandes vitórias de Senna, as boas brigas de Schumacher e os dois titulos do grande Hakkinen.
Parabéns!