sábado, 31 de agosto de 2013

10 grandes pilotos da Fórmula 1 e suas histórias... Piloto 9 Nigel Mansell

    Conhecido pela fama de piloto rápido e trapalhão, Nigel Mansell conquistou apenas 1 título na Fórmula 1. Mas marcou história pelos fortes duelos com Piquet, Senna e Prost, e ao lado dos três dominar os anos incríveis da Fórmula 1.
Mansell estreou na F1 correndo algumas corridas pela Lotus em 1980
Início: Nigel Mansell iniciou a carreira na Fórmula 1 em 1980 já aos 28 anos de idade ao participar de três corridas pela Lotus. Conhecido pela sua velocidade conseguiu o emprego de piloto titular na temporada seguinte. A equipe vinha em decadência financeira e nas pistas não podia contra a ótima fase de Williams e Brabham, ao lado de Élio de Angelis, o piloto inglês só conseguia brigar poucos pontos e se desse sorte em uma corrida ou outra pelo pódio. Foi assim nas temporadas de 1981 e 1982, quando Mansell terminou a temporada apenas em 14º no campeonato de pilotos. 
Mansell desmaia ao tentar empurrar o carro no final do GP dos EUA em 1984
   Em 1983 a Lotus passou a ter motores Renault e melhorava um pouco de rendimento e confiabilidade, ainda assim Mansell fez uma temporada fraquíssima e apesar de superar o seu companheiro de equipe na pontuação final, já era visto que não ia dar em nada na categoria. Eis que no ano de 1984 Mansell chama a atenção, não pela evolução nos resultados, que de seu companheiro de equipe acabou sendo muito melhor, mas pelo arrojo sem medo de acelerar nas curvas, bater em adversários ou poupar combustível e pneus. Terminou o ano fechando contrato com a Williams.
Em 1985 o piloto com a maior história na Williams fazia sua estreia no time inglês
 Auge: Em 1985, Nigel Mansell estreava na Williams e para muitos seria apenas o 2º piloto de Keke Rosberg. Contudo o piloto surpreendeu a todos, a boa fase da Williams lhe permitiu bons resultados e inclusive 2 vitórias nas corridas finais. Aos 32 anos Mansell finalmente vencia na Fórmula 1 e não estava satisfeito queria o título mundial.
   Em 1986 Piquet estreava na Williams e levava com ele a ótima aerodinâmica da Brabham e a suspensão ativa. Era de esperar um forte duelo entre o piloto brasileiro e o campeão do ano anterior Alain Prost. Contudo, Mansell não aceitou correr como 2º piloto e deu trabalho para ambos. Com corridas rápidas e estando sempre entre os primeiros ele conquistava a sua 5ª vitória na temporada no GP de Portugal, abria 10 pontos de vantagem para Piquet e 11 para Prost.
Mansell e Piquet tiveram disputa direta na Williams em 1986 e 1987
   Só dependia dele conseguir o título na corrida seguinte no GP do México. Contudo a Williams conseguiu um péssimo acerto para a corrida e Piquet não ajudou seu companheiro de equipe terminou a corrida em 4º, na frente de Mansell, que terminava em 5º. Ainda assim Mansell chegava à ultima corrida ainda como favorito ao título, eis que um pneu furado e a vitória de Alain Prost lhe tiraram de vez o campeonato.
   Em 1987 a Williams seguia evoluindo e tinha disparado o melhor carro. Porém, ocorreu uma briga direta entre os pilotos. Tanto Piquet como Mansell não aceitaram abrir mão do título e disputaram o campeonato corrida a corrida. Com mais experiência e administrando melhor as corridas Piquet ficou com o título, enquanto Mansell acelerando mais do que devia bateu forte nos treinos para o GP do Japão e ficou de fora das duas corridas finais correndo o risco ainda de perder o vice-campeonato para a sensação do momento Ayrton Senna.
Após a má fase em 1988, Mansell teve altos e baixos na Ferrari em 1989 e 1990
   Em 1988 Piquet e os motores Honda deixavam a Williams. Muitos com isso pensavam que Mansell seria o favorito ao título. Contudo o piloto inglês não conseguiu ajudar o time a montar um bom carro, e a equipe não só não evoluiu em relação aos anos seguintes como também decaiu ao correr com os fracos motores Judd que apresentavam fraco rendimento e péssima resistência. Mansell marcou apenas 12 pontos e mesmo a equipe prometendo um carro vencedor no ano seguinte com os motores Renault, o piloto não conseguiu recusar a oferta de correr como primeiro piloto na Ferrari em 1989.
   A Ferrari tinha um carro forte e tudo o Mansell precisava era fazer o que ele mais gostava. Acelerar, mesmo com algumas corridas desastrosas como no GP de Portugal aonde tomou bandeira preta o piloto inglês venceu 2 corridas, uma delas na sua corrida de estreia no Brasil, e foi ao lado de Riccardo Patrese a grande pedra no sapato dos pilotos da McLaren.
   Em 1990 a Ferrari tinha um carro tão ou mais forte que a McLaren e Mansell podia novamente disputar o título. Contudo apareceu um velho problema para o leão... seu companheiro de equipe. Agora era Alain Prost, campeão da temporada anterior e que tirou o título de Mansell em 1986. A disputa dos dois foi totalmente anti-amistosa, além de não ajudar o piloto francês, Mansell fez de tudo para atrapalhá-lo e abandonou a equipe após descobrir que o tetra-campeão ficaria lá mais um ano. Sem contrato e com quase 40 anos ele chegou a cogitar aposentadoria. Eis que a Williams lhe oferece uma vaga para um retorno agora como primeiro piloto absoluto.
Depois de perder 3 campeonatos mundiais, Mansell conquistou o título fácil em 1992
   Mansell aceitou a vaga na Williams e ganhou de presente o carro mais rápido da temporada de 1991. Contudo o que o carro tinha de veloz também tinha de descontrolado, batendo muito no chão Mansell teve dificuldades nas pistas muito onduladas e a nova arma da equipe, o câmbio semi-automático quebrou nas primeiras corridas e deixou Mansell longe do líder do mundial, um certo Ayrton Senna. Depois de perder o título para Prost em 86 e para Piquet em 87, Mansell não teve chances contra a perfeição de Senna e mesmo se esforçando na segunda metade do campeonato ficou pela 3ª sem o título de pilotos.
   Contudo o leão não desistiu e em 1992 a Williams resolvia os problemas de câmbio e com a suspensão eletrônica as pistas onduladas agora eram o ponto forte do time. Mansell passeou nas primeiras 5 corridas da temporada e só teve que administrar nas demais para conquistar o título mais fácil até então de um piloto na Fórmula 1.
Em 1994 Mansell conquistou sua última vitória na Fórmula 1
 A despedida: Depois do tão sonhado título Mansell deixava a Fórmula 1 em 1993 e foi correr na categoria mais forte dos Estados Unidos aonde confirmou a fama de bom piloto e foi campeão logo de cara. Após a aposentadoria de Prost e a morte de Senna, o piloto não conseguiu recusar o convite de correr algumas corridas na Williams em 1994. O piloto correu apenas 4 corridas, esteve sempre entre os primeiros no grid e fez a pole position e venceu o GP da Austrália conquistando sua 31ª e última vitória na categoria.
Mansell se despediu da Fórmula 1 correndo pela McLaren
   Com a saída do quarteto fantástico dos anos 80 da Fórmula 1 o ciclo precisava manter a emoção e tentou convencer os espectadores de que Nigel Mansell disputaria com Schumacher, Hill e Alesi o título de 1995. O que foi a maior queda-de-cavalo da mídia internacional na categoria. Além da péssima temporada de Alesi na Ferrari e Hill na Williams, Nigel Mansell encerrou a carreira de forma dramática. A McLaren estreava o motor Mercedes e era promessa de título. Contudo a evolução demoraria a vir e o carro esteve longe de ter um bom rendimento em 95. Mansell convidado para correr como primeiro piloto na equipe chegou pesando quase 100 quilos, perdeu as primeiras corridas, pois a equipe teve que preparar um carro com o cockpit especial para o piloto. O inglês correu o GP de San Marino aonde largou em 9º e terminou em 10º e após ir mal nos treinos para o GP da Espanha e abandonar a corrida decidiu encerrar a carreira definitivamente. Um desfecho triste para um piloto tão veloz como ele, dito como o melhor inglês da categoria, que tem seu posto hoje ameaçado por Lewis Hamilton.

 

10 grandes pilotos da Fórmula 1 e suas histórias... Piloto 10 Niki Lauda

   Um dos pilotos mais carismáticos de seu tempo. Niki Lauda foi nome de destaque na Fórmula 1 entre as décadas de 70 e 80. Conhecido pela experiência e forma de administrar as corridas ele conquistou 3 campeonatos na Fórmula 1 e viveu grandes altos e baixos na categoria.
Lauda estreou na Fórmula 1 de forma fraca em 1971 pela March
Início: Niki Lauda começou de forma muito fraca na Fórmula 1, correndo apenas 1 corrida pela March em 1971 a qual abandonou. Mesmo assim chamou a atenção por bons tempos em testes e treinos livres o que lhe garantiu a vaga de piloto titular na temporada seguinte, ainda assim não participou de todas as corridas e terminou a temporada sem nem ao menos pontuar. Na temporada seguinte ele foi para a falida BRM e finalmente chegou a pontuar, contudo foi muito fraco perto do que se esperava e para muitos seria seu último ano na Fórmula 1.
Lauda impressionou ao conquistar 2 títulos pela equipe Ferrari
Auge: Em 1974, ninguém acreditaria, mas Niki Lauda conseguiu uma vaga de piloto titular na Ferrari, apesar das más corridas e dos diversos abandonos nas equipes pequenas no anos anteriores, seus bons tempos nos testes e treinos livres e seu carisma fora dos carros lhe deram uma chance na equipe de ponta. Logo em sua temporada de estreia na escuderia italiana ele conseguiu 9 pole-positions, venceu 2 corridas e apesar de abandonar mais da metade das corridas na temporada ele conseguiu terminar o ano em 4º lugar no campeonato de pilotos o que para muitos foi a zebra do ano. 
Lauda sofreu um forte acidente em 1976
   Em 1975 Lauda resolveu os problemas de abandono. Terminou 14 das 15 corridas da temporada, marcou mais do dobro de pontos de seu companheiro de equipe Clay Regazzoni e superou o bi-campeão da época Émerson Fittipaldi da McLaren celebrando o título de pilotos com 9 pole-positions, 5 vitórias e 8 pódios. Virou referência na categoria como maior evolução já vista de um piloto desacreditado nos anos anteriores. 
    Em 1976 Émerson montava sua própria equipe na Fórmula 1, que de cara se mostrou fraca. A Tyrrell prometia vir forte, mas decepcionou e Lauda era o favorito para o bi-campeonato. Contudo o jovem James Hunt da McLaren e um forte acidente no GP da Alemanha tiraram o sono do piloto austríaco. Lauda vinha disparado na liderança do campeonato com 61 pontos contra 26 de Hunt na temporada, quando bateu forte, seu carro pegou foto e o piloto ficou com várias queimaduras no corpo, além de perder um pedaço da orelha direita. Ainda assim deu a volta por cima e voltou a correr dali pouco mais de um mês. Agora assustado após a batida ele foi mal nas últimas corridas, enquanto a McLaren investia tudo em Hunt. Na última corrida no Japão, Lauda abandonou ao ver a forte chuva e Hunt terminou em 3º se tornando campeão com 1 ponto de vantagem sobre Lauda. 
Lauda estreou na Brabham em 1978 como bi-campeão mundial
   Contudo Lauda deu a volta por cima em 1977, em seu último ano pela Ferrari o piloto venceu três corridas, administrou a última parte da temporada e se consagrou bi-campeão mundial. Em 1978 ele foi para a Brabham que tinha promessa de crescer. O piloto já chegou prometendo o título, contudo voltou a abandonar várias corridas e não pôde contra os evoluídos carros da Lotus que consagrou Mario Andretti campeão mundial, ainda assim Lauda venceu 2 corridas e terminou o campeonato em 4º lugar.
Em 82 Lauda retornava à Fórmula 1 e era superado por seu companheiro de equipe
Decadência: A Brabham tentou o pulo do gato para a temporada de 1979 e se perdeu feio. Lauda terminou apenas duas corridas, marcou 4 pontos e se viu longe da disputa pelo título. Desanimado o piloto decidiu encerrar a carreira alegando que a categoria devia rever a segurança dos carros agora que começava a era turbo e os carros aumentavam drasticamente a velocidade e o risco nas pistas.
    Em 1982, porém acontece o inesperado. Niki Lauda retorna à categoria, guiando pela McLaren. O piloto já apontava como a aposta da equipe inglesa. Contudo Ferrari e Renault utilizando motores turbo, a Williams mantendo a boa fase dos anos anteriores e o tempo que o piloto austríaco ficou parado não deram chance pra Lauda brigar pelo título. O austríaco terminou o ano em 5º lugar atrás inclusive de seu companheiro de equipe. Com a decadência da Ford, a McLaren apostava nos motores TAG Porsche que se mostraram lentos comparados aos turbo das equipes adversárias. Lauda teve que se acostumar a largar no fundo do grid. Não venceu e terminou o ano de novo atrás de seu companheiro de equipe.
Após o incrível título de 1984, Lauda encerrou a carreira em 1985 pela McLaren
A despedida: 1984 começava com a promessa de título ou de Nelson Piquet ou de Alain Prost que vinham arrasando nas temporadas anteriores. Para o ciclo da Fórmula 1 os dois estavam no auge da forma física e eram disparados os melhores pilotos, enquanto Lauda era apenas um veterano prestes a aposentar que não era mais nem sombra dos tempos da Ferrari. Eis que o austríaco resolveu fazer uma temporada de mestre.
   Mesmo perdendo para Piquet e Prost em quase todos os treinos classificatórios, o piloto dava verdadeiras aulas nas corridas. Acelerando quando era necessário, ultrapassando quando precisava e administrando quando estava na frente. Ele fechou a temporada com chave de ouro superando Alain Prost na 2ª metade da temporada e levando o tri-campeonato com meio ponto de vantagem sobre o piloto francês. 
    Já tri-campeão e cansado da categoria. Lauda encerrou a carreira sem se preocupar com o título em 1985. Terminou apenas 3 corridas, conquistou 1 pódio, justamente em sua última vitória na Fórmula 1 e resolveu ir cuidar de sua empresa de aviação. Ainda assim é cotado por muitos como um dos 10 melhores pilotos de Fórmula 1 de todos os tempos.


domingo, 18 de agosto de 2013

Lewis Hamilton confirma boa fase da Mercedes e vence GP da Hungria

Hamilton domina GP da Hungria e confirma boa fase da Mercedes
   Mesmo com as vitórias de Rosberg em Mônaco e na Inglaterra e as diversas poles de Lewis, a performance da Mercedes na temporada de 2013 ainda era de se duvidar. Diferente da Red Bull a escuderia costuma ter uma decaída forte nas corridas o que a faz ter altos e baixos na temporada. Essa dúvida já não existe mais. Em Hungaroring, uma das pistas que mais exige dos pneus, Lewis Hamilton fez a pole position e superou os pilotos de Lotus e Red Bull, mesmo com ambas equipes tendo vantagem.
   O piloto inglês conseguiu sua primeira vitória pela escuderia alemã já é vice colocada no campeonato de construtores e Hamilton parece entrar de vez na briga pelo título este ano. O problema é que Sebastian Vettel, mesmo não vencendo subiu no pódio com o 3º lugar e se garante tranquilo na liderança do campeonato com quase 50 de vantagem para Raikkonen e Alonso. 
Maldonado e Williams finalmente pontuam em 2013
   A corrida foi bem caótica, muitos pilotos tiveram problemas hidráulicos, de câmbio e motor, embora os pneus resistissem bem. A corrida marcou o primeiro ponto da Williams na temporada com o 10º lugar de Pastor Maldonado, a McLaren também foi bem e colocou seus dois pilotos na zona de pontuação. As demais equipes médias Force India, Sauber e STR começam a decair aos poucos. 
Felipe Massa e Ferrari seguem sem ser a sombra do que eram no início da temporada
   Entre as equipes grandes decepção para a Ferrari que ficou fora da disputa pela pole e pela vitória, além de ficar fora do pódio. Fernando Alonso largou e terminou na 5ª colocação, enquanto Felipe Massa largou em 7º e terminou em 8º, vivendo em decadência na temporada longe dos bons resultados das primeiras corridas. 

Raikkonen tem poucas chances de ficar na Lotus
Tanto a Ferrari como a Lotus estão abaladas com a aposentadoria de Mark Webber na Red Bull. A vaga pode ser vista com bons olhos por Alonso e Raikkonen. No caso de Fernando Alonso, ele tem feito mais pela Ferrari do que a Ferrari por ele, mesmo assim é difícil vê-lo como companheiro de Vettel no futuro. Já Kimi Raikkonen não tem muito o que fazer na Lotus, já que a própria equipe admite crise financeira e poucas chances de segurar o piloto finlandês. Também não é problema para a Red Bull escolher o campeão de 2007 ao invés de um dos pilotos da Toro Rosso que não impressionam muito.