quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Disputa pelo título esconde crise na Fórmula 1

Disputa pelo título pega fogo no fim da temporada
   A Fórmula 1 se prepara para a última corrida da temporada e tem como destaque a briga pelo título entre os pilotos da Mercedes. Lewis Hamilton vem liderando o campeonato, porém Nico Rosberg vê esse ano como a chance da vida para conquistar um título na categoria. A briga entre eles como companheiros de equipe é realmente eletrizante e tem sido o grande destaque de toda a temporada. De um lado o arrojo e a velocidade de Hamilton, do outro a técnica e prudência de Rosberg, o que como já dito lembra bem os duelos entre Senna e Prost. Juntos apagaram outros campeões que fizeram um ano fraco, como Vettel, Button e os pilotos da Ferrari. Independentemente de qual for o campeão tanto Rosberg quanto Hamilton estão de parabéns por uma temporada com fortes emoções. 
2014 parece ser o fim da linha para equipes nanicas na Fórmula 1
   Tudo isso é muito bonito e bom para a categoria, só que por trás de tudo isso a Fórmula 1 esconde o que parece ser sua maior crise em toda história. Essa crise se dá pelos intermináveis desacordos entre as equipes que ainda formam o grid e o "patrão" Bernie Ecclestone. As mudanças de motor e aerodinâmica para essa temporada e o grande número de corridas acabou elevando os custos esse ano. Marussia mesmo pontuando não resistiu e se retirou após o grave acidente de Jules Bianchi no GP do Japão. A Caterham, após fazer um "carro fora de sério" acabou sendo colocada à venda no meio do ano e assim como a Marussia nem ao menos teve carro para participar das últimas duas corridas. 

Controle de custos salvaria equipes médias
   A crise das nanicas também abalou as equipes médias que não querem estar no fim do grid. A Toro Rosso ainda se salva, uma vez que é sustentada pela Red Bull, já as demais estão à beira da falência. Lotus e Sauber já começaram a temporada em crise que só piorou depois de terem feito carros fracos com motores ruins, a Force India com motores Mercedes ainda tentou resistir, mas sem investimento acabou perdendo rendimento diante das rivais e também fecha o ano em forte crise.
A teimosia de Bernie Ecclestone pode acabar com a Fórmula 1 
   Bernie Ecclestone viu como solução a união dessas equipes com equipes da GP2, ou um 3º carro para as equipes grandes, ambas ideias muito mau vistas por todos do ciclo da categoria, a solução imediata e bem vinda seria um controle de custos dentro da Fórmula 1, isso atrairia investidores para as equipes médias uma vez que elas podem ser muito mais competitivas, como ocorreu com a Williams em 2014, e também chamar novas equipes para o próximo ano, o que salvaria a Fórmula 1 por mais uns 4 ou 5 anos. Porém, Bernie Ecclestone segue batendo o pé e dizendo "não" para o teto orçamentário o que complica a situação das equipes, que aos poucos estão perdendo a paciência e podem se retirar do grid a qualquer instante. 
   Assim que a decisão do título ocorrer e a temporada terminar tudo o que terá destaque nos principais jornais é essa nova e interminável crise na Fórmula 1. Cabe a torcida esperar por uma melhor solução e que a maior categoria da história do automobilismo mundial não tenha o mesmo trágico fim da CART 10 anos atrás. 

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