sexta-feira, 11 de outubro de 2013

10 grandes pilotos da Fórmula 1 e suas histórias... Piloto 2 Michael Schumacher

Schumacher estreou na F1 com apenas 22 anos na Jordan
   O homem dos recordes na Fórmula 1, sempre concentrado nas corridas, conhecido por errar o mínimo possível, estar sempre próximo da perfeição, amar o automobilismo acima de tudo, superar diversos medos inclusive fortes acidentes, ser frio e calculista o tempo inteiro e com isso se tornar o maior vencedor e campeão mundial da maior categoria de automobilismo de todas. O piloto 2 do top 10 é ninguém menos que Michael Schumacher.
Schumacher fez sua estreia na Benetton ainda em 1991
O início: Com apenas 22 anos de idade Michael Schumacher, o jovem alemão fazia a sua estreia na Fórmula 1. O piloto já havia conquistado diversos títulos nas categorias de base e começou correndo na segunda metade da temporada de 1991 pela equipe estreante Jordan. Uma estreia ao mesmo tempo arrasadora e decepcionante fez Schumacher largar em 7º, pular para 5º na largada e abandonar no início da primeira volta. Contudo a vontade do piloto de seguir na categoria e dar o seu melhor o fez ser contratado pela equipe Benetton já para a corrida seguinte. Correndo ao lado de ninguém menos que Nelson Piquet ele não andou atrás do tri-campeão brasileiro e marcou 4 pontos nas últimas 5 corridas. 
   Em 1992 Piquet aposentava, Prost ficava sem vaga no grid e Senna fazia sua pior temporada na McLaren. Sobrou para Schumacher chamar a atenção ao lado dos pilotos da Williams. Com bons tempos na classificação e fazendo corridas como gente grande, ele subiu no pódio em 8 das 16 corridas, e debaixo de chuva conseguiu sua primeira vitória na categoria, no GP da Bélgica aonde estreava um ano antes. 
Em 1993 Schumacher superou seu companheiro Patrese na Benetton
A boa fase na Benetton: Em 1993 Schumacher teria um desafio maior, a Williams continuava forte e agora com Alain Prost no lugar de Nigel Mansell como primeiro piloto, Senna vinha mais motivado do que nunca e ambos apagaram a estrela de Schumacher que havia brilhado tanto no ano anterior. Ainda assim o piloto alemão superou seu companheiro de equipe Riccardo Patrese e voltou a vencer, agora no GP de Portugal. Prost aposentava no fim daquele ano e a Benetton vinha com um motor muito mais potente para o ano seguinte, dessa vez Schumacher poderia brigar pelo título. Mas no lugar de Prost vinha um piloto que fez Schumacher e a equipe Benetton tremerem de medo... Um certo Ayrton Senna. 
Em 1994 Schumacher se tornava o novo campeão de Fórmula 1 
   Ayrton Senna era disparado o favorito para o título em 1994. Ainda assim Schumacher seria sua pedra no sapato, na primeira corrida, no Brasil a nova suspensão da Williams e a estratégia para reabastecimento abalou a equipe inglesa e permitiu que Schumacher superasse Senna após a parada de boxes, tentando se recuperar o piloto brasileiro acabou abandonando a corrida. Schumacher venceu e repetiu a vitória na corrida seguinte no GP do Pacífico, aonde Senna abandonou na primeira curva. Ninguém acreditava até então na fase extraordinária do piloto alemão e da zebra de Senna. A pressão psicológica sobre o piloto brasileiro junto com a alta velocidade e o aumento nos riscos daquele ano fizeram com que Senna corresse além do que se podia, causando o seu fatal acidente e o seu falecimento na 3ª corrida da temporada em San Marino. Schumacher não se abalou pela morte de seu adversária, venceu a corrida em San Marino e a corrida seguinte em Mônaco. 
Em 1995 o piloto da Benetton não teve adversário e foi bi-campeão mundial
   Com a aposentadoria de Prost e Piquet, a saída de Mansell e a morte de Senna, o quarteto fantástico da década de 80 se desfazia por completo e a Fórmula 1 se via órfão de um piloto campeão. Com 4 vitórias nas 4 primeiras corridas da temporada Schumacher já era o grande favorito ao título. Sem Senna a Williams teve que recorrer à Damon Hill para tentar disputar o título, contudo o piloto inglês não possuía nem metade da experiência e do talento de Senna e por 1 ponto perdeu o título para Schumacher o mais novo campeão da Fórmula 1.
   Em 1995 a Benetton estreava os motores Renault, tão potente quanto os da Williams e com o dinheiro do título o time conseguiu manter a evolução do carro. Schumacher não teve adversários e sem dificuldades foi bi-campeão mundial de Fórmula 1 já com contrato assinado com a Ferrari antes de terminar a temporada. 
Em 1996 Schumacher estreava na Ferrari
 1996-1999 Schumacher leva a Ferrari nas costas: Em 1996 Schumacher estreava na Ferrari que não ganhava um título de pilotos desde 1979. O piloto alemão levou consigo o ótimo estrategista da Benetton, Ross Brawn, e a equipe também passava a ter o combustível Shell, muito mais potente que seus antecessores. Ainda assim a equipe não era párea para as rivais Benetton e Williams, que possuíam motores Renault e aerodinâmicas muito mais potentes. Mesmo sem poder disputar o título, Schumacher levou o carro nas costas, ganhou 3 corridas e celebrou o vice-campeonato da equipe no mundial de construtores, apenas 2 pontos na frente de sua ex-equipe Benetton. 
Em 1997 Schumacher perdeu o título para a Williams de Villeneuve
   Em 1997 Schumacher já prometia disputar o título. Contudo os carros da Williams eram de longe os melhores e o companheiro de Schumacher, Eddie Irvine, deixava claro que a Ferrari não tinha o melhor carro. Ainda assim Schumacher voltou a brilhar, venceu 5 corridas e graças aos diversos erros do primeiro piloto da Williams, Jacques Villeneuve, conseguiu levar a disputa do título até a última corrida, no GP da Europa. Na corrida o carro de Villeneuve era disparado o melhor e como último recurso Schumacher fez como em 1994 contra Damon Hill, um ato que o considera como o "Dick Vigarista" da Fórmula 1, jogando seu carro contra o carro de seu adversário. O ato não tirou Villeneuve da pista que terminou em a corrida em 3º e foi o campeão mundial daquele ano. 
Em 1998 ele foi superado pela McLaren de Mika Hakkinen
   Em 1998 a Williams perdia vários patrocinadores e o motor Renault, com isso a Ferrari superava finalmente a equipe inglesa. Contudo a McLaren investindo nos motores Mercedes e no bom piloto Mika Hakkinen se tornou a nova "pedra no sapato". Schumacher e Hakkinen fizeram um campeonato super disputado entre eles, lembrando a temporada de 1990 em que Senna na McLaren e Prost na Ferrari disputaram o título. Assim como em 1990 a McLaren começou o ano melhor com Mika Hakkinen, a Ferrari melhorou durante a temporada e Michael Schumacher conseguiu 6 vitórias. Na última corrida no Japão a disputa final entre eles culminou em um pneu estourado no carro de Schumacher tornando Hakkinen campeão mundial de 1998.
Em 1999 Schumacher passou por uma má fase na Fórmula 1
    Em 1999 a Ferrari vinha mais forte, contudo Schumacher vivia uma péssima fase como piloto. Com apenas 2 vitórias e 32 pontos nas 8 primeiras corridas contra 40 de Mika Hakkinen. Tentando superar seu adversário o piloto acelerou mais do que devia nas primeiras curvas em Silverstone e bateu há mais de 300 quilômetros por hora, desmaiando no carro e quebrando uma de suas pernas. Schumacher ficou fora das 6 corridas seguintes e já não tinha mais chances de brigar pelo campeonato, esse tempo levou o piloto a refletir sobre sua carreira entre aposentadoria e ir para o tudo ou nada e seguir correndo. 
Em 2000 Schumacher dava o troco na McLaren e em Mika Hakkinen 
   2000-2004 O piloto perfeito: Em 2000 Schumacher fazia sua 5ª temporada na Ferrari e ia para o tudo ou nada na equipe. A McLaren passava a sofrer problemas de confiabilidade com os motores Mercedes. Schumacher se aproveitou, não cometeu erros e venceu as três primeiras corridas da temporada. Depois de 6 corridas o piloto já tinha 4 vitórias e 18 pontos de vantagem para Mika Hakkinen que tinha apenas 1 vitória. Porém nas 7 corridas seguintes a má fase que atingiu Schumacher no ano anterior parecia voltar e o piloto abandonará 4 corridas e conseguia apenas 1 vitória. Mika Hakkinen se aproveitava e saia do GP da Bélgica com 74 pontos contra 68 do piloto alemão. Para muitos Schumacher já deu no que tinha que dar e jamais voltaria a ser campeão. Contudo o piloto calou os críticos, se concentrou no campeonato, venceu as 4 últimas corridas do ano e se tornava tri-campeão mundial, finalmente a Ferrari quebrava o jejum de mais de 20 anos de título. 
Schumacher não teve adversários nas temporadas de 2001 e 2002
   Em 2001 Schumacher não teve adversários. Mika Hakkinen desmotivado não disputou o título e aposentou no fim da temporada. David Coulthard correndo como primeiro piloto da equipe não foi páreo para Schumacher que novamente com 9 vitórias se tornará tetra-campeão mundial. Em 2002 a McLaren andará para trás, enquanto a Ferrari tinha disparado o melhor carro, a adversária mais próxima fora a Williams que sem primeiro piloto nada pôde fazer e a Ferrari ficou com o campeão e vice-campeão da temporada, vencendo 15 corridas. 11 delas com Schumacher, penta-campeão mundial. 
Em 2003 e 2004 Schumacher quebrou recordes na Fórmula 1
    Em 2003 a Ferrari subestimara os adversários e começava o campeonato com o carro de 2002 e Schumacher correndo as primeiras corridas de forma "relaxada". O piloto somou apenas 8 pontos nas três primeiras corridas, quando começou a fase europeia e o piloto venceu as 3 corridas seguidas, contudo a Williams mostrava um carro mais forte nos circuitos de temperatura alta já que os pneus Michelin se mostravam mais rápidos, e a McLaren com Kimi Raikkonen terminando quase todas as corridas no pódio chegaram a impressionar e quase tiraram o sexto título do piloto da Ferrari. Nas últimas 3 corridas Schumacher voltou à sua velha concentração e com uma ajuda de seu companheiro de equipe Rubens Barrichello conseguiu por 2 pontos se tornar o primeiro hexa-campeão mundial de Fórmula 1. 
   Em 2004 McLaren e Williams tentaram dar o pulo do gato e se perderam, enquanto a Ferrari na dela se mostrou mais forte. Schumacher venceu 12 das 13 primeiras corridas e se tornou campeão na 14ª corrida da temporada na Bélgica. Quebrou todos os recordes mundiais, de vitórias, pontos, pole-positions, pódios e lógico, títulos, se tornando o primeiro hepta-campeão mundial de Fórmula 1.
Schumacher e a Ferrari não disputaram o título em 2005
 2005-2006 a despedida da Ferrari: Em 2005 Schumacher e a Ferrari cansadas de vencer aceitaram as mudanças nos carros no setor aerodinâmico, nos motores que agora deveriam durar duas corridas e nos pneus, agora muito mais duros para resistirem à corrida e à classificação. Tantas mudanças acabaram com o domínio da Ferrari na Fórmula 1, a escuderia começava a temporada de forma fraca e pouco se esforçou para se recuperar. Schumacher venceu apenas 1 corrida e nem disputou o título com Fernando Alonso da Renault, o único piloto páreo para o espanhol foi Kimi Raikkonen da McLaren. 
Em 2006 o piloto alemão deu um show em sua despedida da Ferrari
   Em 2006 voltava a troca de pneus e Schumacher anunciava a aposentadoria no fim do ano. O piloto tentará se despedir com chave de ouro. Contudo aos 36 anos de idade o seu ritmo já não era mais o mesmo. O piloto, mesmo tendo um bom carro, foi superado por Fernando Alonso na primeira metade da temporada. O jovem campeão de 2005 venceu 6 corridas contra 2 de Schumacher. Contudo a partir do GP dos Estados Unidos daquele ano os amortecedores em massa, que eram o grande ponto forte da Renault passavam a ser proibidos na categoria e a equipe deixava de ter o melhor carro para se tornar quase uma equipe mediana. A 2ª metade da temporada foi uma covardia da Ferrari contra a equipe francesa. Contudo Alonso soube administrar a liderança no campeonato e com a ajuda do motor Ferrari estourando na penúltima corrida da temporada em Suzuka o piloto da Renault se tornava bi-campeão mundial. Schumacher se despediu da Ferrari dando um verdadeiro show no GP do Brasil e prometendo continuar no esporte a motor. 
Schumacher voltou à F1 em 2010 correndo pela Mercedes
O retorno à categoria pela Mercedes: Schumacher aposentou da Fórmula 1 no final da temporada de 2006, contudo continuou no ciclo do automobilismo, fazendo testes com o carro da Ferrari em 2007 e correndo algumas corridas de rali e moto. Em 2009 surge um convite inesperado, após um grave acidente envolvendo o piloto da Ferrari, Felipe Massa, Michael Schumacher foi convidado à retornar à Fórmula 1 correndo pela Ferrari, o piloto com fortes dores no pescoço recusou o convite a mando de médicos especialistas. Contudo o convite motivou o piloto que entrou em forma e voltaria a correr na temporada seguinte correndo pela Mercedes. 
Em 2012 Schumacher se aposentava definitivamente da Fórmula 1
   O retorno do piloto à Fórmula 1 foi a grande sensação do início da temporada de 2010. A Mercedes não tinha carro para disputar o título e o fato de Schumacher ter mais de 40 anos pesaram nas costas do piloto em 2010 e em 2011. Em ambas temporadas o piloto foi superado por seu companheiro de equipe, o jovem Nico Rosberg, mas compensou dando espetáculos à parte e se divertindo nas pistas com ótimas ultrapassagens e um arrojou estilo ex-campeão mundial. Em 2012 Schumacher finalmente voltava a subir no pódio, após uma excelente corrida no GP da Europa daquele ano. Contudo a equipe Mercedes queria logo começar a vencer e disputar o título mundial. Convidou o piloto da McLaren, Lewis Hamilton para correr na equipe no ano seguinte e entre Schumacher e Rosberg preferiu manter o piloto mais jovem e entusiasmado. 
   Schumacher não se abalou, mostrou vontade nas últimas corridas, mesmo brigando com os pneus e com a idade, 42 anos, e encerrou definitivamente uma das mais belas carreiras de um piloto de Fórmula 1. 

Nenhum comentário: