quinta-feira, 30 de maio de 2013

Top 5 decepções na categoria

   Muitos pilotos entraram na Fórmula 1 surpreendendo e até chegaram a se tornar campeões quando subiram de equipe. Contudo nem todos pilotos campeões foram sempre pilotos rápidos como o caso de Alan Jones e Keke Rosberg. Enquanto por outro lado muitos pilotos rápidos nem ao menos foram campeões ou se foram não fizeram muito além do esperado. No caso aqui citarei 5 que poderão ser lembrados como as grandes decepções da categoria.
Com boa fama em treinos e pista molhada Barrichello entrou como promessa brasileira
5 - Rubens Barrichello: Muitos podem me xingar ou discordarem. Mas Rubens Barrichello foi sim um bom piloto. Entrou na categoria correndo pela Jordan e mostrando serviço ao se classificar constantemente entre os primeiros e ir bem em pista molhada, fora o marketing extraordinário da mídia brasileira para manter o público que há pouco viu correr Ayrton Senna. Depois de 3 anos na escuderia inglesa era de se esperar que ele fosse para a Ferrari em 1996, mas quem realmente foi, foi seu companheiro de equipe Eddie Irvine. Barrichello ficou mais um ano na Jordan e mudou para a Stewart equipe que muitos esperavam ser grande, mas que fracassou 2 vezes e quando finalmente conseguiu um carro mediano acabou sendo vendida, saiu com uma vitória no GP da Europa conquistada justamente por Johnny Herbert, companheiro de Barrichello.
Honda e Stewart prometeram carro vencedor ao piloto brasileiro, o que não ocorreu
   Pelo menos o piloto brasileiro assinava contrato com a Ferrari e para muitos estaria no nível de Schumacher. Contudo o piloto foi submisso ao alemão. Como segundo piloto conseguiu dois vice-campeonatos e 9 vitórias, enquanto Schumacher conquistou mais 5 títulos e quase 50 vitórias na mesma época. O piloto brasileiro saiu pela porta dos fundos antecipando sua despedida na equipe alegando estar cansado de ser segundo piloto. Em 2006, Barrichello apareceu na Honda equipe estreante que assim como a Stewart esperava andar na frente. Contudo foram 3 anos de fracasso na categoria, e assim como a Stewart sua única vitória foi conquistada pelo companheiro de Barrichello, agora Jenson Button. Em 2009 muitos esperavam que Barrichello fosse aposentar com a falência da Honda, contudo a escuderia apenas mudou de nome e de motor e fez um carro vencedor em um ano surpresa. Barrichello, contudo começou o ano atrás de Button e quando finalmente estava no mesmo nível de seu companheiro a equipe já não tinha o melhor carro e Rubinho viveu o mesmo drama que viveu na Ferrari. 
Tanto na Brawn GP como na Ferrari Barrichello foi superado por seu companheiro de equipe 
Sem patrocínios Barrichello saiu da F1 depois de um fraco ano na Williams em 2011
   O bom ano de 2009 pelo menos lhe rendeu mais duas temporadas na categoria. Agora na Williams, depois de um ano forte em 2010 em que Schumacher e Button foram as decepções em suas equipes e Barrichello o destaque da Williams, veio um ano fraquíssimo em 2011. A Williams tentou o pulo do gado e fez um carro horrível, sem dinheiro para evoluir durante a temporada viu seus pilotos longe dos pontos nas corridas finais e Barrichello dando adeus à categoria por falta de patrocínios...
Em 1982 Patrese surpreendeu ao superar o campeão Piquet na Brabham
4 - Riccardo Patrese : Rubens Barrichello ficou famoso por ser segundo piloto, vencer corridas e andar bem em diversas outras, apesar de ser submisso em equipes grandes. Mas nesse setor ninguém supera Riccardo Patrese. O italiano ficou quase tanto tempo na Fórmula 1 quanto Rubens Barrichello, só que estreou 1 década e meia antes. Depois de meia temporada na equipe Shadow e quatro temporadas levando o carro da Arrows nas costas, Patrese ficou famoso por superar o campeão Nelson Piquet na equipe Brabham em 1982. Pela primeira vez em um carro bom o piloto já vencia corrida. Contudo nos anos seguintes o piloto italiano acabou decaindo novamente. 
   
Em 1989 o motor Renault e Riccardo Patrese foram os destaques da Williams
Muitos achavam que o ano de 1982 havia sido uma temporada a parte. Patrese era rápido, contudo famoso pelas várias quebras. Eis que o piloto aparece como o destaque na temporada de 1989, agora na Williams. Mesmo sem vencer Patrese foi o que chegou mais perto da dupla de pilotos da McLaren, superando seu ex-companheiro de equipe Nigel Mansell que corria com a potente Ferrari. Em 1990 a Williams tinha um carro ainda mais forte, contudo Patrese voltou a decepcionar com vários abandonos, problemas e batidas, apesar de voltar a vencer. Em 1991 o piloto italiano tem como companheiro de equipe novamente Nigel Mansell e se torna junto com ele a grande pedra no sapato de Ayrton Senna. Vencendo duas corridas e brigando fortemente com Senna e Mansell por pole-positions, Patrese prometia, assim como o carro da Williams vir ainda mais forte em 1992, que seria o seu último ano pela equipe inglesa. 
Correndo ao lado de Mansell, Patrese foi bem em 1991 mas fez um ano ameno em 1992
   Eis que a temporada de 1992 chega e com ela a suspensão eletrônica na Williams. O carro que era nervoso e ficava constantemente batendo no chão, agora passeava sobre a pista como se o asfalto fosse um tapete reto. Mansell não decepcionou e venceu 9 corridas se tornando campeão sem dificuldades. Contudo Patrese fez um ano sem graça, não brilhou mais que no ano anterior e por pouco não perdeu o vice-campeonato para Michael Schumacher o destaque da temporada. Em 1993 Patrese foi para a Benetton e no meio da temporada admitiu que corria para cumprir contrato e que já estava farto da categoria. Saiu sem nem ao menos vencer, foram 2 pódios e 20 pontos, correu ao lado de 3 campeões mundiais e teve apenas 6 vitórias na categoria.
Em sua última temporada na F1 Patrese foi superado por Schumacher na Benetton
 Em 1984 Mansell chamou a atenção ao desmaiar tentando empurrar o próprio carro
3 - Nigel Mansell: Diferente de Barrichello e Patrese, Mansell chegou sim a se tornar campeão. Mas da forma mais injusta possível. O piloto inglês ficou famoso após desmaiar tentando empurrar a sua Lotus no GP dos Estados Unidos em 1984. O piloto alegou que a equipe não tinha chances de vencer, mas foi contrariado quando Senna, bem mais jovem assumiu o seu lugar no ano seguinte e começou a andar na frente. Em 1985, Mansell estreou na Williams e andou no mesmo ritmo que Keke Rosberg, chegando inclusive a vencer 2 corridas. Na temporada de 1986 Mansell apareceu mais arrojado do que nunca e disputou cara a cara o título com Alain Prost da McLaren, mesmo tendo um carro mais forte acabou sendo superado após ter um pneu furado na última corrida.
 
Com pneu furado Mansell perde título de 1986 para Prost
 Em 1987 a McLaren não era nem sombra do carro da Williams e Mansell superou Prost sem dificuldades. Eis que surge, porém, Nelson Piquet, o piloto brasileiro venceu bem menos que Mansell, só que administrou melhor as corridas e o campeonato, tirou o título do piloto inglês e foi expulso da equipe a pedido de Mansell. Em 1988 Mansell esperava finalmente se tornar campeão, mas a Williams havia perdido os motores Honda, que agora estavam no carro da McLaren. Sem a ajuda de Piquet e dos motores Honda a Williams fez um carro inteiramente sem confiabilidade, Mansell terminou apenas 2 das 16 corridas da temporada e antes de terminar o ano assinou contrato com a Ferrari. Em 1989 Mansell estreou na equipe italiana com vitória no GP do Brasil e parecia estar páreo aos carros da McLaren. Contudo uma sequência de quebras e batidas o fizeram desistir do título. Em 1990 a Ferrari veio ainda mais forte, só que pra piorar o companheiro de Mansell agora era Alain Prost e pra piorar mais ainda nenhum dos dois ficou com o título em um ano feito totalmente de brigas internas na equipe, enquanto a McLaren favorecia de todas as formas Ayrton Senna.
Apesar de vencer em sua corrida de estreia Mansell decepciona na Ferrari
   Em 1991 Mansell volta para a Williams, agora com os motores Renault e sem ter Piquet ou Prost como companheiros. Agora Mansell aparece livre para acelerar o carro mais rápido da temporada. Contudo o que o carro tinha de rápido tinha também de falta de aderência. Mansell abandonou as 3 primeiras corridas e sua falta de paciência nos GPs de Portugal e Japão no final da temporada o tiraram de vez o título. 
Com arrojo exagerado Mansell perde o título de 1991 para Ayrton Senna
Em 1992 com a suspensão eletrônica o problema de aderência estava resolvido. Prost e Piquet não correram e Ayrton Senna teve seu pior ano na McLaren. Sem dificuldades Mansell conquistou o campeonato com quase 40 anos e em seguida foi correr nos Estados Unidos aonde logo de cara se tornou campeão. Com a aposentadoria de Piquet e Prost e a morte de Senna, a Fórmula 1 ficou órfã do quarteto fantástico que tanto impressionou o mundo por suas disputas na década de 80 e início da década de 90. 
Muito acima do peso Mansell deixa F1 de forma desmerecida
   Mansell resolveu voltar e correu 4 corridas pela Williams em 1994, vencendo inclusive o GP da Austrália. Em 1995 foi chamado para correr na McLaren que esperava voltar a ter um carro vencedor. Contudo o carro ficou apertado para o piloto inglês e a equipe teve que fazer um carro especial para o piloto que ganhava peso. Pra piorar nem o carro e nem Mansell corresponderam ao esperado. O piloto correu apenas 2 corridas foi péssimo em ambas e logo foi expulso da equipe. Tentou uma vaga na Jordan em 1996 e 1997, mas seu peso e sua idade o fizeram com que aposentasse contra sua vontade, um fim desanimador para uma das quatro estrelas do "quarteto fantástico".
2 - Jacques Villeneuve:
Villeneuve chegou com tudo na F1 e logo foi campeão em 1997
Jacques Villeneuve estreou na Fórmula 1 dando indícios de que era ainda mais arrojado e rápido que seu falecido pai, Gilles Villeneuve. O jovem canadense foi campeão ainda jovem nos Estados Unidos e em duas temporadas na Fórmula 1 se tornou vice-campeão e logo campeão. O piloto chegava com tudo em uma fase extraordinária. Muitos acreditavam que formaria o novo quarteto da categoria ao lado de Hill, Hakkinen e Schumacher. Mas isso não ocorreu. Hakkinen e Hill logo aposentaram pouco depois de serem campeões. Villeneuve resolveu seguir na categoria, para muitos foi um grande erro. Em 1998 a Williams perdia vários patrocínios e os motores Renault, Villeneuve nem ao menos venceu ou brigou pelo título. Após brigar com a equipe exigindo um carro vencedor,  Villeneuve decidiu fundar a própria equipe em 1999. 
Disposto a voltar a vencer o piloto montou a própria equipe em 1999
   O piloto teve que levar o carro da BAR nas costas nos 4 primeiros anos, Villeneuve acabou sendo superado por seu próprio companheiro de equipe e foi demitido da escuderia no final de 2003, a equipe alegava que ele era a âncora do time o grande reclamão que ninguém suportava. Em 2004 Villeneuve fez 3 corridas pela Renault e em ambas foi um desastre. Em 2005 fez um ano fraco pela Sauber e mesmo tentando reagir em 2006 a equipe acabou usando a desculpa de uma forte batida para substituí-lo por Robert Kubica. Depois de 5 anos tentando retornar à categoria através de equipes pequenas ou tentando montar o próprio time, o piloto acabou desistindo e abandonou de vez a Fórmula 1 de forma vergonhosa.
Em uma carreira decepcionante Villeneuve deixa F1 correndo pela Sauber

Alesi chegou dando trabalho aos pilotos grandes da F1
1 - Jean Alesi: Jean Alesi marca um pouco mais de uma década de pura decepção na Fórmula 1. Depois de uma temporada espetacular na Tyrrell em 1990, Alesi passou a ser citado como possível novo "Alain Prost" da Fórmula 1, chamado para correr na Williams em 1991 ele optou pela Ferrari que vinha bem mais forte até o momento, mas cometeu um

grande erro. 
Considerado um fiasco nas negociações o piloto ganhou uma única corrida na F1
   A Ferrari decaiu muito em 1991, enquanto a Williams progredia. Alesi fez de tudo para ajudar a equipe crescer, mas foram 4 temporadas sem vitória alguma, enquanto a Williams correu 4 temporadas com o melhor carro. Alesi resolveu deixar a equipe e ir para a Benetton em 1995. Contudo um aumento no salário e um motor mais forte fizeram com que ele ficasse mais um ano na escuderia. Novo erro.

A maior decepção da F1 Alesi abandonou a categoria correndo em equipes pequenas
   Apesar da Ferrari estar mais forte e permitir finalmente a primeira vitória à Alesi no GP do Canadá, a Benetton por outro lado teve o melhor carro e Schumacher conquistou o bi-campeonato sem dificuldades, enquanto Alesi terminou o ano em 5º. Em 1996 o piloto não quis mais conversa e saiu da Ferrari justamente quando a equipe ia ter um carro vencedor. Alesi ficou na Benetton quando essa já não tinha o melhor carro e foi considerado o fiasco da década pelas sucessivas escolhas erradas. Depois de 2 anos sem vencer Alesi já não era mais visto como bom piloto e decaiu para as equipes intermediárias. Fez 2 temporadas pela Sauber, pouco mais de 1 ano e meio na Prost e aposentou correndo 5 corridas na Jordan, onde ainda tentou renovar contrato para 2002, mas ficou a pé e aposentou da categoria. Para muitos foi a maior decepção já vista na Fórmula 1. 

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