quarta-feira, 23 de setembro de 2009

De cabeça erguida Barrichello pensa em responder críticas com título

http://fabioseixas.folha.blog.uol.com.br/images/jordan93.jpgEm 1994 Rubens Barrichello era um dos pilotos mais jovens da Fórmula 1 e correndo pela Jordan era o piloto brasileiro mais querido

   Desde sua estréia na Fórmula 1, o brasileiro Rubens Barrichello sempre foi alvo de críticas por não corresponder ao esperado pela torcida brasileira. Em 1994, o Brasil perdia Ayrton Senna, tricampeão mundial e maior vencedor brasileiro na Fórmula 1. Com a perda dolorosa para a nação, o jovem garoto Rubinho acabou sendo o principal piloto brasileiro. Com um carro que evoluía a cada ano Barrichello começou a crescer junto com a Jordan e passou a ser alvo de grande expectativa, ao sair da Jordan em 1997 e correr na fraca Stewart, Rubinho provou que consegue guiar mais do que o carro pode aguentar, andando muitas vezes entre os primeiros, sempre ocorria algum problema com o carro de Barrichello que não aguentava seu ritmo. Assim foi durante três anos, em 1999 se destacou como o novo Senna nas pistas molhadas, quando corria no mesmo ritmo dos pilotos de ponta que possuiam um carro bem melhor. Foi ai que teve os olhos das grandes equipes voltadas para ele. Em 2000 assinou contrato de quatro anos com a grande Ferrari.
   Foi ai que o brasileiro passou a esperar de Barrichello um novo Senna, que com um carro de ponta brigaria por vitórias e títulos mundiais. Vieram algumas vitórias, mas Rubinho não correspondeu à perspectiva de títulos. Quando tinha de longe o melhor carro era sempre superado por Schumacher, considerado o primeiro piloto. Após sete vitórias em quatro anos como "coadjuvante" da Ferrari, em 2003 Rubinho renovou o contrato com a equipe italiana por mais três temporadas. Agora o brasileiro teria as mesmas oportunidades de Schumacher. Em 2004, porém o alemão se mostrou muito superior. Enquanto os dois andanvam no mesmo ritmo nos treinos Schumacher dava show nas estratégias e ganhava as corridas nos boxes. Enquanto Rubinho tinha que enfrentar os adversários na pista e no braço. Schumacher teve o título mais fácil da Fórmula 1. Após vencer as cinco primeiras corridas e administrar as outras foi campeão com quatro corridas de antecipação. Coube à Rubinho ser vice-campeão pela segunda vez e somar mais duas vitórias no currículo.



http://colunas.globoesporte.com/files/148/2009/05/barrichello_schumacher_blog.jpgNa Ferrari Barrichello conquistou nove vitórias em seis temporadas, e foi um dos principais pilotos da época, mas quase sempre atrás de Schumacher 
   Em 2005 Barrichello tentou se aproximar mais ainda de Schumacher, mas agora haviam outros adversários, como as equipes Renault e McLaren, a Ferrari deixou de ser a grande líder. E com discussões entre Schumacher e Barrichello nos Grande Prêmios de Mônaco e Estados Unidos, a Ferrari decidiu defender o piloto alemão e abriu as portas para a saída antecipada de Barrichello sem multa. O piloto brasileiro decidiu ir de uma vez por todas para o " tudo ou nada" apostou na nova e rica equipe Honda onde teria os privilégios que merecia. Porém em três temporadas, Rubinho não conquistou uma única vitória. Terminou o ano de 2007 sem somar um único ponto, e em 2008 correu risco de encerrar a carreira no fim do ano, enquanto do outro lado a nação o esquecia agora que tinha Felipe Massa brigando pelo tão sonhado título. Rubens Barrichello foi abandonado pela própria torcida, mergulhado em críticas de todos os lados, que não o perdoaram pela decepção de em quinze tempradas nenhum título. 
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Em três temporadas na Honda, Rubinho passou pela sua pior fase na Fórmula 1 e chegou a ameaçar aposentadoria
   O piloto Brasileiro ouviu as críticas e ficou calado, mas permaneceu de cabeça erguida apostando em dar a volta por cima. Em 2009 surpreendeu a todos renovando contrato em cima da hora com a nova equipe Brawn GP. Voltou a andar na frente e agora passou a ter como adversário o inglês Jenson Button que o superava nos treinos e o derrotava nas corridas. Parecia que o filme com Schumacher iria se repetir, e o Brasil novamente desacreditou em Barrichello. Rubinho ouviu e decidiu responder de uma vez por todas, ao invés de explicas os problemas mecânicos, correu, apostou em seu talento e em sua força de vontade e calou a todos. Com duas vitórias em três corridas Barrichello reencostou em Button no mundial e esta mais veloz do que nunca, apostando na virada e no tão sonhado título mundial. Em entrevista sobre a boa fase a resposta do brasileiro sobre as críticas foi única: - Acho que vingança é mostrar fraqueza. A minha melhor resposta é na pista mesmo. Que assim seja, boa sorte Rubinho...

No alto do pódio em Monza, Barrichello da a volta por cima e cala os críticos com grandes chances de título

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