Muitos pilotos entraram na Fórmula 1 surpreendendo e até chegaram a se tornar campeões quando subiram de equipe. Contudo nem todos pilotos campeões foram sempre pilotos rápidos como o caso de Alan Jones e Keke Rosberg. Enquanto por outro lado muitos pilotos rápidos nem ao menos foram campeões ou se foram não fizeram muito além do esperado. No caso aqui citarei 5 que poderão ser lembrados como as grandes decepções da categoria.
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Com boa fama em treinos e pista molhada Barrichello entrou como promessa brasileira |
5 - Rubens Barrichello: Muitos podem me xingar ou discordarem. Mas Rubens Barrichello foi sim um bom piloto. Entrou na categoria correndo pela Jordan e mostrando serviço ao se classificar constantemente entre os primeiros e ir bem em pista molhada, fora o marketing extraordinário da mídia brasileira para manter o público que há pouco viu correr Ayrton Senna. Depois de 3 anos na escuderia inglesa era de se esperar que ele fosse para a Ferrari em 1996, mas quem realmente foi, foi seu companheiro de equipe Eddie Irvine. Barrichello ficou mais um ano na Jordan e mudou para a Stewart equipe que muitos esperavam ser grande, mas que fracassou 2 vezes e quando finalmente conseguiu um carro mediano acabou sendo vendida, saiu com uma vitória no GP da Europa conquistada justamente por Johnny Herbert, companheiro de Barrichello.
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Honda e Stewart prometeram carro vencedor ao piloto brasileiro, o que não ocorreu |
Pelo menos o piloto brasileiro assinava contrato com a Ferrari e para muitos estaria no nível de Schumacher. Contudo o piloto foi submisso ao alemão. Como segundo piloto conseguiu dois vice-campeonatos e 9 vitórias, enquanto Schumacher conquistou mais 5 títulos e quase 50 vitórias na mesma época. O piloto brasileiro saiu pela porta dos fundos antecipando sua despedida na equipe alegando estar cansado de ser segundo piloto. Em 2006, Barrichello apareceu na Honda equipe estreante que assim como a Stewart esperava andar na frente. Contudo foram 3 anos de fracasso na categoria, e assim como a Stewart sua única vitória foi conquistada pelo companheiro de Barrichello, agora Jenson Button. Em 2009 muitos esperavam que Barrichello fosse aposentar com a falência da Honda, contudo a escuderia apenas mudou de nome e de motor e fez um carro vencedor em um ano surpresa. Barrichello, contudo começou o ano atrás de Button e quando finalmente estava no mesmo nível de seu companheiro a equipe já não tinha o melhor carro e Rubinho viveu o mesmo drama que viveu na Ferrari.
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Tanto na Brawn GP como na Ferrari Barrichello foi superado por seu companheiro de equipe |
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Sem patrocínios Barrichello saiu da F1 depois de um fraco ano na Williams em 2011 |
O bom ano de 2009 pelo menos lhe rendeu mais duas temporadas na categoria. Agora na Williams, depois de um ano forte em 2010 em que Schumacher e Button foram as decepções em suas equipes e Barrichello o destaque da Williams, veio um ano fraquíssimo em 2011. A Williams tentou o pulo do gado e fez um carro horrível, sem dinheiro para evoluir durante a temporada viu seus pilotos longe dos pontos nas corridas finais e Barrichello dando adeus à categoria por falta de patrocínios...
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Em 1982 Patrese surpreendeu ao superar o campeão Piquet na Brabham |
4 - Riccardo Patrese : Rubens Barrichello ficou famoso por ser segundo piloto, vencer corridas e andar bem em diversas outras, apesar de ser submisso em equipes grandes. Mas nesse setor ninguém supera Riccardo Patrese. O italiano ficou quase tanto tempo na Fórmula 1 quanto Rubens Barrichello, só que estreou 1 década e meia antes. Depois de meia temporada na equipe Shadow e quatro temporadas levando o carro da Arrows nas costas, Patrese ficou famoso por superar o campeão Nelson Piquet na equipe Brabham em 1982. Pela primeira vez em um carro bom o piloto já vencia corrida. Contudo nos anos seguintes o piloto italiano acabou decaindo novamente.
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Em 1989 o motor Renault e Riccardo Patrese foram os destaques da Williams |
Muitos achavam que o ano de 1982 havia sido uma temporada a parte. Patrese era rápido, contudo famoso pelas várias quebras. Eis que o piloto aparece como o destaque na temporada de 1989, agora na Williams. Mesmo sem vencer Patrese foi o que chegou mais perto da dupla de pilotos da McLaren, superando seu ex-companheiro de equipe Nigel Mansell que corria com a potente Ferrari. Em 1990 a Williams tinha um carro ainda mais forte, contudo Patrese voltou a decepcionar com vários abandonos, problemas e batidas, apesar de voltar a vencer. Em 1991 o piloto italiano tem como companheiro de equipe novamente Nigel Mansell e se torna junto com ele a grande pedra no sapato de Ayrton Senna. Vencendo duas corridas e brigando fortemente com Senna e Mansell por pole-positions, Patrese prometia, assim como o carro da Williams vir ainda mais forte em 1992, que seria o seu último ano pela equipe inglesa.
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Correndo ao lado de Mansell, Patrese foi bem em 1991 mas fez um ano ameno em 1992 |
Eis que a temporada de 1992 chega e com ela a suspensão eletrônica na Williams. O carro que era nervoso e ficava constantemente batendo no chão, agora passeava sobre a pista como se o asfalto fosse um tapete reto. Mansell não decepcionou e venceu 9 corridas se tornando campeão sem dificuldades. Contudo Patrese fez um ano sem graça, não brilhou mais que no ano anterior e por pouco não perdeu o vice-campeonato para Michael Schumacher o destaque da temporada. Em 1993 Patrese foi para a Benetton e no meio da temporada admitiu que corria para cumprir contrato e que já estava farto da categoria. Saiu sem nem ao menos vencer, foram 2 pódios e 20 pontos, correu ao lado de 3 campeões mundiais e teve apenas 6 vitórias na categoria.
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Em sua última temporada na F1 Patrese foi superado por Schumacher na Benetton |
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Em 1984 Mansell chamou a atenção ao desmaiar tentando empurrar o próprio carro |
3 - Nigel Mansell: Diferente de Barrichello e Patrese, Mansell chegou sim a se tornar campeão. Mas da forma mais injusta possível. O piloto inglês ficou famoso após desmaiar tentando empurrar a sua Lotus no GP dos Estados Unidos em 1984. O piloto alegou que a equipe não tinha chances de vencer, mas foi contrariado quando Senna, bem mais jovem assumiu o seu lugar no ano seguinte e começou a andar na frente. Em 1985, Mansell estreou na Williams e andou no mesmo ritmo que Keke Rosberg, chegando inclusive a vencer 2 corridas. Na temporada de 1986 Mansell apareceu mais arrojado do que nunca e disputou cara a cara o título com Alain Prost da McLaren, mesmo tendo um carro mais forte acabou sendo superado após ter um pneu furado na última corrida.
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Com pneu furado Mansell perde título de 1986 para Prost |
Em 1987 a McLaren não era nem sombra do carro da Williams e Mansell superou Prost sem dificuldades. Eis que surge, porém, Nelson Piquet, o piloto brasileiro venceu bem menos que Mansell, só que administrou melhor as corridas e o campeonato, tirou o título do piloto inglês e foi expulso da equipe a pedido de Mansell. Em 1988 Mansell esperava finalmente se tornar campeão, mas a Williams havia perdido os motores Honda, que agora estavam no carro da McLaren. Sem a ajuda de Piquet e dos motores Honda a Williams fez um carro inteiramente sem confiabilidade, Mansell terminou apenas 2 das 16 corridas da temporada e antes de terminar o ano assinou contrato com a Ferrari. Em 1989 Mansell estreou na equipe italiana com vitória no GP do Brasil e parecia estar páreo aos carros da McLaren. Contudo uma sequência de quebras e batidas o fizeram desistir do título. Em 1990 a Ferrari veio ainda mais forte, só que pra piorar o companheiro de Mansell agora era Alain Prost e pra piorar mais ainda nenhum dos dois ficou com o título em um ano feito totalmente de brigas internas na equipe, enquanto a McLaren favorecia de todas as formas Ayrton Senna.
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Apesar de vencer em sua corrida de estreia Mansell decepciona na Ferrari |
Em 1991 Mansell volta para a Williams, agora com os motores Renault e sem ter Piquet ou Prost como companheiros. Agora Mansell aparece livre para acelerar o carro mais rápido da temporada. Contudo o que o carro tinha de rápido tinha também de falta de aderência. Mansell abandonou as 3 primeiras corridas e sua falta de paciência nos GPs de Portugal e Japão no final da temporada o tiraram de vez o título.
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Com arrojo exagerado Mansell perde o título de 1991 para Ayrton Senna |
Em 1992 com a suspensão eletrônica o problema de aderência estava resolvido. Prost e Piquet não correram e Ayrton Senna teve seu pior ano na McLaren. Sem dificuldades Mansell conquistou o campeonato com quase 40 anos e em seguida foi correr nos Estados Unidos aonde logo de cara se tornou campeão. Com a aposentadoria de Piquet e Prost e a morte de Senna, a Fórmula 1 ficou órfã do quarteto fantástico que tanto impressionou o mundo por suas disputas na década de 80 e início da década de 90.
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Muito acima do peso Mansell deixa F1 de forma desmerecida |
Mansell resolveu voltar e correu 4 corridas pela Williams em 1994, vencendo inclusive o GP da Austrália. Em 1995 foi chamado para correr na McLaren que esperava voltar a ter um carro vencedor. Contudo o carro ficou apertado para o piloto inglês e a equipe teve que fazer um carro especial para o piloto que ganhava peso. Pra piorar nem o carro e nem Mansell corresponderam ao esperado. O piloto correu apenas 2 corridas foi péssimo em ambas e logo foi expulso da equipe. Tentou uma vaga na Jordan em 1996 e 1997, mas seu peso e sua idade o fizeram com que aposentasse contra sua vontade, um fim desanimador para uma das quatro estrelas do "quarteto fantástico".
2 - Jacques Villeneuve:
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Villeneuve chegou com tudo na F1 e logo foi campeão em 1997 |
Jacques Villeneuve estreou na Fórmula 1 dando indícios de que era ainda mais arrojado e rápido que seu falecido pai, Gilles Villeneuve. O jovem canadense foi campeão ainda jovem nos Estados Unidos e em duas temporadas na Fórmula 1 se tornou vice-campeão e logo campeão. O piloto chegava com tudo em uma fase extraordinária. Muitos acreditavam que formaria o novo quarteto da categoria ao lado de Hill, Hakkinen e Schumacher. Mas isso não ocorreu. Hakkinen e Hill logo aposentaram pouco depois de serem campeões. Villeneuve resolveu seguir na categoria, para muitos foi um grande erro. Em 1998 a Williams perdia vários patrocínios e os motores Renault, Villeneuve nem ao menos venceu ou brigou pelo título. Após brigar com a equipe exigindo um carro vencedor, Villeneuve decidiu fundar a própria equipe em 1999.
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Disposto a voltar a vencer o piloto montou a própria equipe em 1999 |
O piloto teve que levar o carro da BAR nas costas nos 4 primeiros anos, Villeneuve acabou sendo superado por seu próprio companheiro de equipe e foi demitido da escuderia no final de 2003, a equipe alegava que ele era a âncora do time o grande reclamão que ninguém suportava. Em 2004 Villeneuve fez 3 corridas pela Renault e em ambas foi um desastre. Em 2005 fez um ano fraco pela Sauber e mesmo tentando reagir em 2006 a equipe acabou usando a desculpa de uma forte batida para substituí-lo por Robert Kubica. Depois de 5 anos tentando retornar à categoria através de equipes pequenas ou tentando montar o próprio time, o piloto acabou desistindo e abandonou de vez a Fórmula 1 de forma vergonhosa.
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Em uma carreira decepcionante Villeneuve deixa F1 correndo pela Sauber |
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Alesi chegou dando trabalho aos pilotos grandes da F1 |
1 - Jean Alesi: Jean Alesi marca um pouco mais de uma década de pura decepção na Fórmula 1. Depois de uma temporada espetacular na Tyrrell em 1990, Alesi passou a ser citado como possível novo "Alain Prost" da Fórmula 1, chamado para correr na Williams em 1991 ele optou pela Ferrari que vinha bem mais forte até o momento, mas cometeu um
grande erro.
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Considerado um fiasco nas negociações o piloto ganhou uma única corrida na F1 |
A Ferrari decaiu muito em 1991, enquanto a Williams progredia. Alesi fez de tudo para ajudar a equipe crescer, mas foram 4 temporadas sem vitória alguma, enquanto a Williams correu 4 temporadas com o melhor carro. Alesi resolveu deixar a equipe e ir para a Benetton em 1995. Contudo um aumento no salário e um motor mais forte fizeram com que ele ficasse mais um ano na escuderia. Novo erro.
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A maior decepção da F1 Alesi abandonou a categoria correndo em equipes pequenas |
Apesar da Ferrari estar mais forte e permitir finalmente a primeira vitória à Alesi no GP do Canadá, a Benetton por outro lado teve o melhor carro e Schumacher conquistou o bi-campeonato sem dificuldades, enquanto Alesi terminou o ano em 5º. Em 1996 o piloto não quis mais conversa e saiu da Ferrari justamente quando a equipe ia ter um carro vencedor. Alesi ficou na Benetton quando essa já não tinha o melhor carro e foi considerado o fiasco da década pelas sucessivas escolhas erradas. Depois de 2 anos sem vencer Alesi já não era mais visto como bom piloto e decaiu para as equipes intermediárias. Fez 2 temporadas pela Sauber, pouco mais de 1 ano e meio na Prost e aposentou correndo 5 corridas na Jordan, onde ainda tentou renovar contrato para 2002, mas ficou a pé e aposentou da categoria. Para muitos foi a maior decepção já vista na Fórmula 1.
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