terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Equipes pequenas têm dificuldades para se manterem na categoria

   A Fórmula 1 começou sendo uma categoria para poucos. Apenas os mais ricos, e os realmente amantes do esporte corriam. Com um número pequeno de equipes e pilotos. Com o passar do tempo a categoria foi se expandindo e abrindo as portas para o mundo. Nas décadas de 70 e 80 ingressar na categoria se tornou um costume não tão raro, a Fórmula 1 já possuia mais de 30 pilotos e 15 equipes em seu ciclo por temporada. Porém, nos anos 90 quando começaram a se destacar poucas equipes e muitas corriam sabendo que dificilmente venceria, veio a grande pergunta: " Correr para perder vale a pena?". A categoria voltou a se tornar algo de poucos. A competitividade diminuiu, e já não se tratava mais só de talento para vencer, mas também dinheiro e um grande investimento por parte das equipes, ou dos próprios pilotos.
   Com a equipe Arrows fechando no meio da temporada de 2002, e as equipes Prost e Benetton dando lugares à Toyota e Renault. A categoria passou à ter apenas 20 carros e começou ai uma batalha por dinheiro entre as montadoras. Depois de um tempo entraram Honda e BMW, e enquanto essas montadoras ficavam cada vez mais ricas as demais equipes enfrentavam dificuldades em ter bons pilotos e patrocínios. Até a famosa Williams entrou em crise. Bernie Ecclestone e a FIA tiveram que intervir antes que a categoria saísse do controle e se tornasse apenas um esporte para enriquecer montadoras. Com a crise mundial, as equipes aceitaram baixar os custos, e muitas dessas montadoras saíram. Outras equipes ingressaram na categoria aumentando o número de carros e a competitividade. 
   Mas no final de 2010 um novo problema surge para o ciclo. Mesmo sem as ambiciosas montadoras, o uso do kers e o número elevado de corridas em 2011 fez com que os custos voltassem a subir. As equipes pequenas que foram um fiasco em 2010 se vêem em grande risco financeiro. Ferrari, McLaren e Mercedes são as poderosas financeiramente que jamais devem ter problemas de custos pelo número elevado de patrocínios. Red Bull cresce economicamente a cada temporada. Williams e Sauber chegam em 2011 com patrocínios de pesos, enquanto a Renault faz uma parceria poderosa com o grupo Lotus, porém as demais equipes se vêem em risco. 
  A Force India pode ter perdido em 2010 a grande chance de se tornar grande, vê as concorrentes crescerem economicamente, enquanto segue com um motor caro e talvez com os mesmos patrocinadores dos últimos anos. A Toro Rosso torce para que sua meia-irmã siga andando na frente, do contrário seus investimentos poderão ser cortados, e a equipe duraria muito pouco. A Lotus Racing contava com a parceria da Renault em 2011, mas esta fechou com sua concorrente deixando a equipe novamente no vermelho. A Virgin vendeu grande parte da equipe para a rica Marussia que parece não mudar muita coisa. Enquanto a Hispania está prestes a falir de vez já que as negociações com a Toyota foram por água a baixo. Sem contar que está ficando cada vez mais difícil ingressar na categoria como equipe nova começando do zero. Talvez tenhamos 11 equipes em 2011 ou ainda menos.

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